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Maia será aliado de Bolsonaro para manter veto a reajuste

Presidente da Câmara e líderes do Centrão traçam estratégia para barrar aumento dos salários de servidores

20 ago 2020 - 12h32
(atualizado às 13h17)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes de partidos do centrão se reuniram na manhã desta quinta-feira para afinar a estratégia entre os deputados e manter o veto do presidente Jair Bolsonaro a uma proposta que abre margem para a concessão de reajuste a servidores públicos, segundo relataram à Reuters fontes a par das negociações.

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em Brasília
21/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em Brasília 21/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Na véspera, senadores derrubaram o veto e falta ainda os deputados votarem, o que está previsto para ocorrer na tarde desta quinta a partir das 15h.

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A intenção, segundo uma das fontes, é montar uma espécie de força-tarefa para conseguir votos e manter logo o veto de Bolsonaro ao trecho do projeto que abre exceções à proibição de reajustes salariais de servidores até o fim de 2021 na sessão de quinta --e não adiar a votação novamente, como chegou a ser aventado.

A ida de Maia ao encontro, segundo a fonte, tem por objetivo mostrar que a defesa do ajuste das contas públicas e a manutenção do veto é uma causa com a qual importantes lideranças da Câmara estão comprometidas.

Um parlamentar que foi convocado para a reunião confirmou a intenção de articular a manutenção do veto.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que será "impossível" governar o Brasil caso a Câmara derrube o veto, já derrubado na véspera pelos senadores, e frisou que a responsabilidade não é só dele de ajudar o país a "sair do buraco".

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A proibição da concessão de aumentos foi estabelecida como contrapartida ao auxílio federal de 60 bilhões de reais repassado a Estados e municípios para o enfrentamento da crise do coronavírus.

Mais tarde, Maia falou nos corredores do Congresso e declarou seu apoio ao presidente. "Entendemos que esse veto, é muito importante a sua manutenção, para que a gente possa dar uma sinalização clara, atendendo estados e municípios, mas tudo dentro do equilíbrio fiscal", disse.

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