Mais da metade das empresas no Brasil sofreu fraude no ano passado, de acordo com relatório 'Diagnóstico das Fraudes no Brasil', realizado pela consultoria Grant Thornton Brasil. Ao todo, 63% dos respondentes identificaram uma ou mais fraudes em 2023.
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Segundo o estudo, 87% dos fraudadores são homens, têm entre 26 e 45 anos e ocupam cargos entre os níveis de coordenadoria e presidência. Foram ouvidos 113 respondentes que trabalham em companhias de diferentes portes, segmentos e regiões do País.
O relatório mostra ainda que, para as empresas de pequeno porte, 85% das fraudes ocorrem pela falta ou deficiência de controles internos. Por outro lado, para as corporações de médio e grande porte, 80% das ações ilícitas estão relacionadas às falhas ou ausência de mecanismos de resposta a ameaças.
A pesquisa alerta também para a ameaça significativa ao patrimônio do empresariado brasileiro, em que 46% dos casos envolveram valores até R$ 500 mil e em 39% causaram prejuízos milionários, superiores a R$ 10 milhões. Em 93% das ocorrências, as companhias recuperaram menos de 20%.
Perfil do fraudador
- Tempo na empresa: 49% possuía experiência entre 1 e 5 anos, ou seja, há conhecimento suficiente sobre o ambiente de controle e ações de monitoramento para racionalizar a probabilidade de detecção antecipadamente;
- Nível de autonomia e influência do fraudador: em 47% dos casos, os fraudadores ocupavam cargos entre coordenador e presidente, seguido de especialistas a assistentes com 32%. Profissionais vinculados a terceiros (clientes, fornecedores, prestadores, subcontratados etc.) foram responsáveis por 14% das fraudes, o que reforça a importância de estender a todos os stakeholders os mesmos mecanismos de integridade aplicados aos colaboradores;
- Motivação das fraudes: 73% das ocorrências tinham como objetivo o ganho financeiro, seguido pelo atingimento de metas (10%) e a influência do ambiente ou a cultura organizacional (8%). Já itens relacionados a fatores diversos, como dívidas, vantagem pessoal, vicio e promover-se politicamente somam 7%.
- Idade: 87% das ocorrências foram cometidas por profissionais entre 26 e 45 anos;
- Gênero: 87% das fraudes foram cometidas por homens, 11% por mulheres e 2% por ambos em conluio.