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Mais da metade das empresas no Brasil já sofreu fraude; 87% dos fraudadores são homens

Estudo mostra que, além da maioria dos fraudadores ter entre 26 e 45 anos, 46% dos casos envolvem valores fraudes de até R$ 500 mil

26 set 2024 - 17h56
(atualizado às 19h27)
Do total das fraudes, 90% classificaram a "oportunidade" como a principal motivação que influenciou a ocorrência, ocasionada pela deficiência ou ausência de controles, atividades de prevenção e detecção ou resposta aos riscos.
Do total das fraudes, 90% classificaram a "oportunidade" como a principal motivação que influenciou a ocorrência, ocasionada pela deficiência ou ausência de controles, atividades de prevenção e detecção ou resposta aos riscos.
Foto: Canva / Perfil Brasil

Mais da metade das empresas no Brasil sofreu fraude no ano passado, de acordo com relatório 'Diagnóstico das Fraudes no Brasil', realizado pela consultoria Grant Thornton Brasil. Ao todo, 63% dos respondentes identificaram uma ou mais fraudes em 2023. 

Segundo o estudo, 87% dos fraudadores são homens, têm entre 26 e 45 anos e ocupam cargos entre os níveis de coordenadoria e presidência. Foram ouvidos 113 respondentes que trabalham em companhias de diferentes portes, segmentos e regiões do País.

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O relatório mostra ainda que, para as empresas de pequeno porte, 85% das fraudes ocorrem pela falta ou deficiência de controles internos. Por outro lado, para as corporações de médio e grande porte, 80% das ações ilícitas estão relacionadas às falhas ou ausência de mecanismos de resposta a ameaças.

A pesquisa alerta também para a ameaça significativa ao patrimônio do empresariado brasileiro, em que 46% dos casos envolveram valores até R$ 500 mil e em 39% causaram prejuízos milionários, superiores a R$ 10 milhões. Em 93% das ocorrências, as companhias recuperaram menos de 20%.

Perfil do fraudador

  • Tempo na empresa: 49% possuía experiência entre 1 e 5 anos, ou seja, há conhecimento suficiente sobre o ambiente de controle e ações de monitoramento para racionalizar a probabilidade de detecção antecipadamente;
  • Nível de autonomia e influência do fraudador: em 47% dos casos, os fraudadores ocupavam cargos entre coordenador e presidente, seguido de especialistas a assistentes com 32%. Profissionais vinculados a terceiros (clientes, fornecedores, prestadores, subcontratados etc.) foram responsáveis por 14% das fraudes, o que reforça a importância de estender a todos os stakeholders os mesmos mecanismos de integridade aplicados aos colaboradores;
  • Motivação das fraudes: 73% das ocorrências tinham como objetivo o ganho financeiro, seguido pelo atingimento de metas (10%) e a influência do ambiente ou a cultura organizacional (8%). Já itens relacionados a fatores diversos, como dívidas, vantagem pessoal, vicio e promover-se politicamente somam 7%.
  • Idade: 87% das ocorrências foram cometidas por profissionais entre 26 e 45 anos;
  • Gênero: 87% das fraudes foram cometidas por homens, 11% por mulheres e 2% por ambos em conluio. 
Fonte: Redação Terra
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