O Ministério da Economia informou nesta terça-feira que 7,207 milhões de trabalhadores já fecharam acordos com seus empregadores sob as regras do programa instituído em meio à atual crise que permite redução temporária de salários e jornadas ou suspensão do contrato de trabalho, com pagamento de uma compensação parcial pelo governo.
Do total, pouco mais da metade, ou 3,957 milhões, teve suspensão de seus contratos e quase todos os demais, redução de salários.
A diminuição de 50% na jornada e salário afetou 17,2% desse universo de trabalhadores (ou 1.239.084 em números absolutos), enquanto o corte de 25% abrangeu 13,4% (964.073) e uma redução de 70% chegou a 12,2% (879.774).
Os trabalhadores intermitentes respondem por 2,3% (167.069) do total.
O governo terá uma despesa de 12,7 bilhões no pagamento das compensações desses trabalhadores, que têm até o momento valor médio de 1.766,50 reais, disse o ministério.
O programa do chamado Benefício Emergencial para Preservação da Renda e do Emprego (BEm), lançado no início de abril, permite a redução de salários por até três meses ou a suspensão do contrato por até 60 dias. Ao final desse prazo, a empresa deverá garantir o emprego do trabalhador pelo mesmo tempo de adesão ao programa.
A compensação paga pelo governo é uma parcela do valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito em caso de demissão, proporcional à redução salarial.
No lançamento do programa, que visa preservar empregos em meio às consequências das medidas de contenção do coronavírus sobre a atividade econômica, o governo estimou que ele teria impacto fiscal de 51,2 bilhões de reais.