Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje (31) atos em pelo menos 20 estados do país, mais o Distrito Federal. Os manifestantes protestam contra a reforma da Previdência e o projeto de lei da terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados e que permite a uma empresa contratar trabalhadores terceirizados para todas as atividades. O projeto aguarda sanção do presidente Michel Temer.
São Paulo
Manifestantes ocupam, desde as 17h30, a Avenida Paulista. O ato teve início por volta das 14h, no vão livre do Masp, onde os professores estaduais decidiram suspender a greve, em assembleia.
Participam do ato químicos, metalúrgicos, professores universitários e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto se juntaram ao ato. O grupo de manifestantes saiu em caminhada, sentido rua da Consolação. Eles carregam faixas pedindo greve geral e a saída do presidente Michel Temer.
Pela manhã, foram realizados protestos menores que alteraram o trânsito, como na Avenida Jacú Pêssego, na saída de São Paulo para a cidade de Mauá. Na Estrada do M'Boi Mirim, na zona sul, manifestantes ocuparam parte da pista e atearam fogo a pneus. As chamas foram apagadas pelos bombeiros e a via liberada.
Salvador
Na capital baiana, representantes de diversas categorias, centrais sindicais, movimentos sociais e frentes populares se encontraram no Campo da Pólvora, Praça do Fórum Ruy Barbosa, no bairro central de Nazaré. O protesto teve início às 9h, e os manifestantes seguiram pela Avenida Joana Angélica, em direção ao bairro do Barbalho.
Para a médica Mônica Angelim, do movimento Médicos pela Democracia, a terceirização e a reforma da Previdência são "medidas retrógradas, que ameaçam os direitos dos trabalhadores".
"O povo acordou, está na rua e vai lutar até ver os direitos dos trabalhadores preservados, como garantia de férias, FGTS. Por isso que hoje a classe trabalhadora ganhou as ruas de todo o Brasil contra a terceirização, contra a reforma trabalhista, contra o governo e a favor de uma nova eleição direta", disse o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia, Cedro Silva. A central foi uma das organizadoras do ato.
A Polícia Militar não divulgou o número de manifestantes. A CUT estimou em cerca de 10 mil pessoas.
Também foram registrados protestos em Rio Branco (Acre), Maceió (Alagoas), Macapá (Amapá), Fortaleza (Ceará), Brasília (Distrito Federal), Vitória (Espírito Santo), Goiânia (Goiás), Campo Grande e Dourados (Mato Grosso do Sul), Belo Horizonte, Uberlândia, Montes Claros e Juiz de Fora (Minas Gerais), Belém, Marabá, Altamira e Santarém (Pará), João Pessoa e Campina Grande (Paraíba), Recife e Petrolina (Pernambuco), Teresina (Piauí), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Natal (Rio Grande do Norte), Boavista (Roraima), Florianópolis, Joinville e Jaraguá do Sul (Santa Catarina), Aracaju (Sergipe), Palmas (Tocantins), além do interior paulista, nas cidades de Sorocaba, Jundiaí, Agudos, Paraguaçu Paulista, Votuporanga, Itapetininga e Teodoro Sampaio.
* Reportagem Camila Boehm (São Paulo) e Sayonara Moreno (Salvador)
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