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Mantega: corte do Orçamento vai manter estabilidade da dívida

Mantega disse também que o mercado de câmbio vive um momento de instabilidade

28 jan 2014 - 10h44
(atualizado às 16h09)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que o corte do Orçamento deste ano, que ainda será definido pelo governo, manterá a solidez fiscal e a estabilidade da dívida líquida brasileira. A política fiscal tem sido alvo de críticas cada vez maiores desde a utilização de artifícios contábeis para garantir o cumprimento da meta do superávit primário do setor público - governo central, Estados, municípios e estatais - consolidado em 2012.

No ano passado, o superávit, que terá os números finais divulgados na próxima sexta-feira, beneficiou-se de receitas extraordinárias. Além disso, o governo deixou de garantir que cobriria a parte de Estados e municípios na meta consolidada se necessário.

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Reportagens publicadas pela imprensa nesta terça-feira citavam possíveis patamares para a meta do primário deste ano e para o montante dos cortes do Orçamento. Mas o ministro disse que os números ainda não foram definidos. "Nós fazemos estudos, simulações, quando terminarmos tudo isso teremos um número definitivo", disse Mantega a jornalistas ao chegar ao Ministério da Fazenda.

No fim do mês passado, a Reuters informou que a indicação do governo era de que a nova meta ajustada de primário deste ano não seria inferior à de 2013. Segundo analistas, ela deve ter ficado em torno de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas).

Volatilidade no câmbio

Mantega disse também que o mercado de câmbio vive um momento de volatilidade decorrente das expectativas de nova redução dos estímulos monetários pelo banco central dos Estados Unidos e pela possibilidade de acomodação do crescimento econômico da China.

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Na quarta-feira o Federal Reserve, banco central americano, encerra reunião de dois dias em meio a expectativas de que cortará em mais US$ 10 bilhões suas compras mensais de títulos, para 65 bilhões de dólares. No caso da China, segundo Mantega, houve alguns sinais de acomodação do crescimento do país e o efeito disso na demanda por commodities afeta as moedas dos países emergentes.

Ele ressalvou, porém, que "o Brasil tem uma posição sólida porque temos muitas reservas, temos uma dívida externa pequena então nossa situação é estável".

Às 11h55, o dólar recuava 0,35% ante o real, a R$ 2,4173 na venda.

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