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Mantega: “dizer que quebramos a Petrobras é um contrassenso”

Ministro projetou uma produção de R$ 3 milhões de barris/dia nos próximos anos

28 abr 2014 - 12h10
(atualizado às 13h01)
<p>Segundo Mantega, companhia está acumulando e duplicando as reservas</p>
Segundo Mantega, companhia está acumulando e duplicando as reservas
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou, nesta segunda-feira, ser um “contrassenso” dizer que o atual governo “quebrou” a Petrobras, apesar da crise instalada na estatal principalmente em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo Mantega, a empresa acumula reservas e será uma das cinco maiores no mundo em reservas em breve.

“Dizer que quebramos a Petrobras é um contrassenso porque é uma das empresas mais sólidas do mundo. Hoje vale mais de R$ 100 bilhões. A Petrobras está acumulando e duplicando as reservas. O Brasil será um dos cinco maiores países de reservas de petróleo do mundo. É uma empresa de ponta”, afirmou o ministro, em evento realizado em São Paulo para debate sobre o futuro da economia no Brasil e no mundo.

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De acordo com ele, cerca de R$ 23 bilhões foram investidos e isso irá fazer com que a empresa “colha os frutos” em alguns anos. “Ano passado investimos muito e teremos cinco novos estaleiros, produzindo plataformas sofisticadíssimas, com tecnologia de ponta. Tivemos um período em que a produção caiu porque o Pré-Sal não tinha entrado em funcionamento”, disse.

Mantega projetou uma produção de R$ 3 milhões de barris/dia nos próximos anos. “Em 2014 a produção da Petrobras vai crescer 7,5%, um faturamento de R$ 20 bilhões a mais. Como dizem que está quebrada? Não faz o menor sentido. Ela investe mais do que a Exon, mais do que a Shell e este ano vai ter um aumento de produção. Vamos para três milhões de barris/dia e depois quatro milhões barris/dia. Agora vamos colher os frutos dos investimentos dos últimos anos.”

Crise nas montadoras

Mantega falou ainda sobre a crise nas exportações das montadoras de veículos. Segundo ele, o fato de o número de importações da principal parceira brasileira, a Argentina, ter diminuído, prejudica o desempenho do setor.

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“Temos praticado estímulos para vários setores, principalmente os que mais explicam o crescimento do PIB ou que terão problemas com emprego. No caso da indústria automobilística, se mantém como importante mundialmente porque houve programas que mantiveram dinamismo. Nesse momento há dificuldade de exportar para Argentina, nosso principal parceiro. Teve uma retração na importação. É um mercado importante e estamos trabalhando para viabilizar o aumento das importações da Argentina”, disse. O ministro acredita ainda que a dificuldade de o consumidor conseguir crédito para comprar o veículo também complicou a situação das montadoras.

“A inadimplência caiu num patamar razoável, hoje está em 4,5%. Porém o setor privado entende que não deve liberar ou está criando condições mais rigorosas para liberação de crédito. Se você vai adquirir um automóvel, você podia fazê-lo com entrada de 20%, 10% ou nenhuma entrada. Hoje você precisa de 50% e o cadastro está sendo olhado com mais rigor. De dez que entram apenas cinco são aprovados. Portanto é uma restrição do crédito. Se não houvesse essa restrição estaríamos com o PIB crescendo mais de 3%”, afirmou.

Fonte: Terra
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