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Mantega: resultado do IPCA-15 pode indicar queda da inflação

Variação alcançou 0,58%, ficando 0,20 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,78%)

21 mai 2014 - 12h19
<p>Atualmente, a Selic alcança 11% ao ano, maior nível desde janeiro de 2011</p>
Atualmente, a Selic alcança 11% ao ano, maior nível desde janeiro de 2011
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu hoje que a inflação continuará em trajetória descendente nos próximos meses, ao comentar a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A variação alcançou 0,58% em maio, ficando 0,20 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,78%). “A queda significa que a inflação está caindo firmemente e vai continuar caindo nos próximos meses. A alimentação já arrefeceu, vários preços caíram e, portanto, nós estamos no caminho certo”, disse.

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Sobre o resultado em 12 meses, considerada alto, já que a taxa ficou em 6,31%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,19%), Mantega argumentou que a inflação está caindo e o que as medidas que o governo tem tomado “têm surtido” efeito.

“Estamos com uma taxa de juros elevada e estamos procurando elevar a oferta de alimentos. Tem o fator sazonal. Mas nos meses de maio e junho, o etanol já está entrando no mercado com uma safra boa, o que também vai baixar o preço do combustível. Então, o cenário é positivo em termos de inflação”, garantiu. A atual taxa Selic, os juros básicos da economia, alcança 11% ao ano, maior nível desde janeiro de 2011.

Sobre a desoneração total da folha de pagamento para as empresas, medida que poderia ser anunciada amanhã em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, o ministro limitou-se em dizer que o assunto está sendo avaliado. “Estamos analisando. Há pedidos dos setores, mas não há uma decisão em relação a desoneração da folha de pagamentos para o futuro. Até 2014 está valendo”.

Ante a insistência dos jornalistas sobre o anúncio a ser feito amanhã, o ministro declarou: “O evento de amanhã será amanhã”. Na decisão, pesa para o governo o crescimento de aproximadamente 124% este ano, na renúncia fiscal relativa à desoneração das folhas de pagamento das empresas.

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O novo regime começou a ser adotado em 2011 para estimular o emprego e evitar demissões nas indústrias de couro e calçados, nas confecções e nas empresas de call center e de tecnologia da informação. Atualmente, 56 segmentos da indústria, do comércio, dos serviços e dos transportes são beneficiados pela desoneração da folha.

Agência Brasil
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