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Mercado de crédito vive indefinição com governo Lula

Especialista comenta sobre o mercado de crédito internacional após as eleições presidenciais

9 nov 2022 - 03h00
Foto: Adobe Stock

Com a vitória de Luís Inácio Lula da Silva nas eleições, o mercado econômico enfrenta mais dias de sobe e desce. O dólar comercial, por exemplo, fechou em queda de 2,54%, cotado a R$ 5,166. Já o pregão do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em alta de 1,31%, aos 116.037,08 pontos.

Já o volume de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas atingiu R$ 1,3 trilhão em fevereiro de 2022, com alta de 1,9% no mês e de 17,5% em relação a fevereiro de 2021. Para 2023, espera-se um crescimento de 7% no montante total de crédito utilizado no Brasil.

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Para Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners, empresa que viabiliza crédito internacional para negócios brasileiros através de fundos de dívida estruturada nos EUA e Europa, o mercado de crédito não considerou que a eleição de Lula tenha sido negativa ou um fracasso. 

“Precisamos olhar com cautela se haverá a cooperação da equipe sucessora na área econômica”, comenta Luciano. “No momento, não é possível fazer nenhuma análise. Atualmente estamos num momento de alta de juros. A taxa Selic está em 13,75% ao ano. Mas, por agora, não há como dizer se a vitória nas eleições será boa ou ruim para o mercado de crédito. Também seria assim se o Bolsonaro tivesse vencido.”

Como fica o mercado de crédito internacional

Segundo o empresário, o crédito internacional continua com uma tendência fortíssima para acesso das médias e grandes empresas. 

“Independente do presidente, a escassez de crédito no brasil perdurará por um longo tempo. No Brasil nós temos um oligopólio dos bancos, uma alternativa para as médias e grandes empresas é terem um acesso ao crédito internacional via EUA e Europa”, diz.

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Aporte de Capital Internacional (ACI), é uma linha de crédito internacional para médias e grandes empresas brasileiras. É um empréstimo que é viabilizado através de fundos nos Estados Unidos da América e Europa. Esse capital internalizado no Brasil através da lei 4131 do Bacen possibilita que capital estrangeiro ingresse no país, e fica disponível para o empresário poder investir em sua empresa.

“Enquanto uma empresa de médio porte dificilmente encontra crédito fácil para seu desenvolvimento aqui no Brasil, em outros países a história é diferente. No nosso país, por exemplo, é impossível uma empresa aportar acima de 30% de seu faturamento, por conta da legislação vigente. Já, nos Estados Unidos e na Europa esse limite não existe”, conclui Luciano Bravo.

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