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Mercado de fusões e aquisições ainda é pouco explorado pelas PMEs

9 out 2024 - 06h14
(atualizado em 15/10/2024 às 18h36)
Resumo
Mercado brasileiro de M&A é subdesenvolvido, mas gestores de empresas buscam preparação para vendas futuras.
Foto: Reprodução

O mercado brasileiro ainda é subdesenvolvido no campo de Fusões e Aquisições. De um lado, há mais de 22 milhões de empresas em operação, mas são realizadas apenas cerca de 1.500 transações de M&A por ano.

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Entretanto, Victor Reyes, que atua com gestão de valor e fundador da Bruemi, explica que a necessidade de preparação de uma empresa para venda no futuro é crescente, uma vez que a falta de sucessão, um fenômeno que tem sido observado em todo o mundo, se torna cada vez mais latente no Brasil. "Se a empresa não estiver preparada para uma venda, todo o esforço e o legado construídos ao longo dos anos correm o risco de se perder", alerta Reyes.

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Felipe Argemi, especialista em M&A e CEO da Santis, lembra também que das mais de 22 milhões de empresas ativas no Brasil, cerca de 21 milhões não atingem a marca de R$ 10 milhões de faturamento anual. 

“O principal fator limitante para um M&A é o tamanho dessas empresas que desejam vender participação ou captar recursos”, destaca.

Para que esses empresários possam ter acesso ao conhecimento necessário para mudar essa realidade, e a se tornarem candidatos viáveis a um M&A, os especialistas decidiram unir esforços com o intuito de ajudar pequenas e médias empresas. 

“O Brasil precisa de um ambiente mais saudável para o crescimento empresarial, que impulsione a longevidade e a sustentabilidade das empresas”, pontua Argemi.

Diante da atuação complementar, os sócios Felipe Argemi e Victor Reyes iniciaram conversas sobre uma possível combinação dos negócios no final de 2023, resultando nessa fusão no final de setembro de 2024. A nova empresa manterá o nome da Santis. 

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“Um processo de M&A é o ápice da carreira de um empreendedor. Apenas aqueles que conquistam o sucesso passarão por um processo de venda ou captação de recursos”, conclui.

5 pontos que levam as empresas a não participarem de processos de M&A

1. Baixa maturidade empresarial: A maioria das PMEs no Brasil não está suficientemente preparada para processos complexos como um M&A. Isso se deve à falta de planejamento estratégico e à ausência de governança corporativa adequada, elementos essenciais para atrair investidores ou potenciais compradores.

2. Restrição de tamanho: O tamanho reduzido e a limitação financeira dificultam que essas empresas sejam vistas como atrativas para fusões ou aquisições, já que investidores buscam negócios maiores e com maior potencial de crescimento.

3. Falta de conhecimento sobre o processo de M&A: Muitos empresários de PMEs desconhecem o processo de fusão e aquisição, suas vantagens e como ele pode ser uma ferramenta estratégica para crescimento ou sucessão. A falta de informação adequada sobre as oportunidades e os riscos envolvidos desestimula a entrada nesse mercado.

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4. Dificuldade de acesso a capital: Pequenas e médias empresas no Brasil enfrentam desafios para obter financiamento, o que limita suas opções para expandir operações.

5. Falta de planejamento sucessório: O fenômeno da falta de sucessão nas empresas familiares é comum no Brasil, o que impede que muitas PMEs se preparem para o longo prazo, incluindo um processo de venda ou fusão. Sem um plano de sucessão bem definido, essas empresas tendem a não considerar o M&A como uma solução viável para a continuidade do negócio e manutenção do patrimônio dos sócios.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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