Economistas de instituições financeiras elevaram pela sexta semana seguida a perspectiva para a inflação neste ano, para mais de 7%, com os preços administrados mais elevados em meio a uma economia estagnada e com o juro básico mais alto neste semestre.
De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, os economistas continuam vendo nova elevação da Selic em 0,25 ponto percentual em março, para 12,50%.
Mas passaram a ver mais uma alta também de 0,25 ponto na reunião seguinte, em abril, com a taxa básica indo a 12,75%. Entretanto, a perspectiva é de que na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro, a Selic seja reduzida a 12,50%.
Para 2016, foi mantida a perspectiva de que a Selic encerrará a 11,50%.
O Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções, por sua vez, ainda vê a Selic a 13% ao final deste ano, mas reduziu a projeção para o fim de 2016 a 11,50%, contra 11,75% antes.
Inflação
Em relação à inflação, a estimativa para a alta do Índice Nacioanal de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 agora é de 7,15%, contra 7,01% anteriormente.
A expectativa de inflação não arrefece diante da pressão dos preços administrados. A projeção para a alta desse grupo subiu na pesquisa para 9,48%, contra 9% anteriormente, na nona semana seguida de alta das estimativas.
Em janeiro, o IPCA saltou 1,24%, maior avanço em 12 anos, devido às tarifas de energia elétrica e transportes, bem como aos preços de alimentos.
A última vez que o IPCA ficou acima de 7% foi 2004, ao subir 7,60%. A meta do governo é de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais.
A projeção para o IPCA no final de 2016 permaneceu em 5,60%, com avanço de 5,50% dos administrados, contra 5,80% antes.
PIB
Já a projeção para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 passou a zero, contra crescimento de apenas 0,03% no levantamento anterior.
Essa foi a sexta semana seguida de deterioração na projeção para a economia neste ano. Para 2016, a estimativa foi mantida em 1,50%.
Já sobre 2014, os economistas consultados reduziram a estimativa de expansão, a 0,07%, ante 0,10%.
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