A inflação oficial do País – medida pela IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – mostrou forte desaceleração no acumulado em 12 meses, passando de 10,36% até fevereiro para 9,39% até março.
No entanto, metade das regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) segue com inflação resistente, acima da média nacional. Fortaleza marca patamar superior a inflação recorde de 2015, com 10,88% nos 12 meses encerrados em março. A explicação está, principalmente, nas variações climáticas.
Região | Variação em 12 meses até março |
Fortaleza | 10,88% |
Curitiba | 10,48% |
Porto Alegre | 10,19% |
Belém | 9,97% |
Recife | 9,92% |
Goiânia | 9,45% |
São Paulo | 9,39% |
Brasil | 9,39% |
Salvador | 9,37% |
Rio de Janeiro | 8,94% |
Brasília | 8,79% |
Campo Grande | 8,33% |
Belo Horizonte | 8,17% |
Vitória | 7,56% |
Vale observar que, com exceção de São Paulo, os Estados cuja inflação superam a média nacional pertencem às regiões Nordeste e Sul, localidades que sofreram com maior intensidade os efeitos do El Nino.
Márcio Milan, economista da Tendências Consultoria, destaca que os alimentos são os itens que mais sofrem influência regional nos preços e destaca a alta dos in natura no início deste ano. “O Nordeste passa por um período grave de seca e o Sul teve fortes chuvas”, explica.
Veja abaixo a lista de alimentos in natura que mais subiram nos últimos 12 meses:
Item | Variação em 12 meses até março |
Cenoura | 64,30% |
Frutas | 29,40% |
Feijão-carioca | 19,31% |
Batata-inglesa | 17,17% |
Hortaliças | 16,84% |
Arroz | 11,55% |