O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não esconde de ninguém que quer deixar como principal marca de sua gestão a privatização de empresas públicas do Estado de São Paulo. No entanto, o governador não terá vida fácil se quiser colocar em prática sua promessa de campanha.
O ‘pacotão’ de privatizações envolve várias empresas, entre as quais estão o Metrô de São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), consideradas as três maiores empresas públicas de São Paulo.
Essas três citadas são as que mais têm gerado protestos por parte de funcionários e sindicalistas. Nesta terça-feira, 3, está marcada uma ofensiva dos sindicatos com o objetivo de impedir a privatização das estatais. Os funcionários vão paralisar durante 24 horas.
A gestão Tarcísio de Freitas tem chamado a greve de "política" e afirmado que os projetos de concessão à iniciativa privada estão sendo debatidos. Os sindicatos, por sua vez, dizem que querem discutir mais esses planos com a sociedade e evitar a piora do serviço.
Privatizações
Eleito com apoio de liberais, a ofensiva dos sindicalistas parece que não irá impedir o governador de seguir adiante com o plano de privatizações. O governo calcula que o objetivo de privatizar as linhas remanescentes da CPTM e as linhas do Metrô deve ser atingido até o fim do mandato, em 2025.
Já em relação à privatização da Sabesp, o governo pretende enviar em outubro o projeto de lei para a Assembleia Legislativa (Alesp), autorizando a venda da companhia. A expectativa é que a venda seja feita até o final do 1º semestre de 2024.