Ambiente de trabalho descontraído incentiva criatividade

Jovens empresas adotam ambientes coloridos, cheios de toques pessoais e sem paredes para estimular seus trabalhadores

28 abr 2014 - 08h00
Espaços informais não só tornam o ambiente de trabalho mais agradável, como ajudam a melhorar a produtividade ao incentivar a colaboração entre funcionários e a busca de soluções mais criativas
Espaços informais não só tornam o ambiente de trabalho mais agradável, como ajudam a melhorar a produtividade ao incentivar a colaboração entre funcionários e a busca de soluções mais criativas
Foto: Divulgação

Escritórios como os do Facebook e do Google enchem os olhos de qualquer pessoa, mas lugares descontraídos e cheios de atrativos para seus funcionários não são privilégio apenas de gigantes do Vale do Silício. Jovens empresas brasileiras também estão adotando ambientes bem informais de trabalho. E, ao contrário do que se pensa, ter paredes coloridas e espaços sem divisórias não é apenas uma questão de visual.

“Parece firula, mas este tipo de ambiente influência, sim, a criatividade”, constata Vinícius Oberg, sócio da República, agência de publicidade carioca voltada para o público jovem. E ele sabe o que fala, pois sua empresa funcionou por dois anos dentro de uma sala em um prédio antes de se mudar para uma aconchegante casa no tranquilo e arborizado bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. “A mudança foi fundamental, nós sentimos o efeito”, diz Oberg.

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João Drummond, diretor da Tag Plus, plataforma de gerenciamento e emissão de notas fiscais para pequenos e médios empresários, é outro que também sentiu a diferença de produzir em um espaço mais informal. “Trabalhei em multinacionais, e o ambiente era mais fechado, já empresas mais novas tendem a ter ambientes mais descontraídos”, afirma Drummond, cujo negócio funciona em um ambiente colorido e sem paredes em Belo Horizonte.

A ausência de divisórias, por sinal, é uma das marcas registradas dos novos espaços de trabalho, e influencia a criatividade dos funcionários. “Sem as paredes, há uma troca maior entre as pessoas, a colaboração é incentivada”, explica Marcilio Riegert, CEO da aceleradora de negócios Start You Up, de Vitória.

Outra aceleradora de negócios que se beneficia da ausência de divisórias é a Liga Experimental, do Rio de Janeiro. Como diz o diretor financeiro da empresa, Antônio Cardoso, “isso ajuda os empreendedores que estão em nosso espaço a se ajudarem uns aos outros a se desenvolverem”.

A República, por sua vez, radicaliza a ideia de espaço compartilhando, pois, em sua sede, não é apenas a ausência de paredes que chama a atenção. Há também um bar e um jardim onde são realizadas até reuniões de negócios. Já no terreno ao lado, uma quadra faz a alegria dos funcionários, que costumam jogar bola e andar de skate nos intervalos do trabalho.

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Além disso, um ambiente mais agradável não só incentiva a criatividade, mas também ajuda a diminuir sensivelmente a rotatividade de funcionários. Riegert, por exemplo, afirma que este tipo de ambiente “aumenta a retenção de talentos”. Cardoso é outro que percebe que os funcionários acabam se identificando mais com a empresa: “Eles dificilmente saem”.

Para criar um ambiente mais informal, nem é preciso apelar para um grande projeto de decoração. “Nunca contratamos arquiteto, sempre pegamos dicas, referências de outros ambientes e até com clientes”, afirma Oberg. Já Riegert conta que “nós mesmos fomos criando o espaço, cada um do seu jeito”. Cardoso finaliza destacando a importância do toque pessoal: “Não é só criar uma parede colorida, cada um pode colocar coisas próprias”.

Fonte: PrimaPagina
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