Muitas décadas antes da criação das ferramentas de busca para se encontrar médicos pela internet, era comum que cada família contasse com um especialista que exercia o trabalho na própria residência dos clientes. Os anos passaram e esse hábito ficou para trás. No entanto, um aplicativo lançado na cidade de Curitiba busca essa reaproximação entre médicos e pacientes.
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O administrador Fábio Tiepolo explica que a ideia de fundar a Docway surgiu em função das dificuldades que ele enfrentou quando sua filha pequena ficou doente. “Eu trabalhava há 15 anos na indústria farmacêutica e já vinha pensando em um modelo de negócio para investir na área de saúde. Como enfrentamos muitas dificuldades no pronto-atendimento, senti falta de um pediatra que pudesse atender em casa e resolvi criar o aplicativo”, revela.
A ferramenta idealizada por Fábio permite que os usuários cadastrados solicitem, em sua residência, o atendimento de especialistas como pediatra, clínico geral, geriatra, ortopedista e dermatologista. “Já temos mais de mil downloads, 800 usuários cadastrados e uma rede de 60 médicos”, afirma o administrador.
Ele explica que o modelo traz vantagens tanto para os profissionais quanto para os pacientes. “No caso dos médicos, eles evitam os custos do consultório e aumentam os rendimentos, pois temos um valor interessante quando comparado com o das operadoras de saúde. Já os pacientes ganham em conveniência, pois não precisam passar pelo estresse do trânsito ou promover o deslocamento de quem está acamado, entre outros fatores”, acrescenta.
No entanto, o maior ganho, na visão de Fábio, é o fortalecimento do vínculo entre médico e paciente. “Hoje as pessoas não chamam mais um médico de seu. Elas apenas entram na internet, procuram o primeiro nome que está na lista e vão. Quando o especialista atende em casa as coisas são diferentes. O médico se dedica mais à consulta e coleta informações que ele não conseguiria obter em um consultório.”
Atualmente, o aplicativo está em operação apenas em Curitiba e região metropolitana, mas Fábio já estuda a expansão para outras capitais. “O primeiro passo é levar para São Paulo e Belo Horizonte. Estamos em fase de captação e cadastramento de médicos e pretendemos lançar a ferramenta assim que tivermos uma rede suficiente para atender os usuários”, conclui.