No começo, o jeito era um só: esticar a mão e gritar: táxi. Depois, com a instalação de telefones nos pontos, apareceu a possibilidade de ligar para os motoristas. O sistema de autorrádio fez surgir outra opção: entrar em contato com as cooperativas, que podem acionar diversos taxistas nas imediações.

Agora, são os aplicativos de celular que começam a dar nova cara ao setor. Funciona assim: o taxista se cadastra, fornecendo dados seus e os do automóvel, e ele será acionado caso algum passageiro nas proximidades use o recurso para procurar um táxi. O sistema mescla banco de dados e georreferenciamento. Na maioria das vezes é gratuito tanto para o cliente quanto para o motovista.

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O presidente da Associação dos Taxistas do Brasil (Abratáxi), Ivan Fernandes, afirma que tais aplicativos estão substituindo as cooperativas, que eram formadas como uma forma de conseguir mais clientes, mas demandam altos custos – ligados, por exemplo, à manutenção de uma central de atendimento.

“Em alguns casos, os taxistas precisam desembolsar R$ 800 por mês para manter a cooperativa”, diz. Já os aplicativos são, em sua maioria, gratuitos tanto para o cliente quanto para o condutor. “É possível conseguir passageiros com maior facilidade. Por outro lado, também existem os aplicativos de caronas, que estão nos tirando clientes.”

O serviço tem sido muito usado em São Paulo, e aos poucos ganha espaço em outros grandes centros, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. “Quando estou no centro expandido e me coloco como disponível, recebo pelo menos uma chamada por minuto”, diz o taxista Pedro Braga, de São Paulo.

Mas, apesar das vantagens, Ivan afirma que a categoria ainda mantém um pé atrás. Muitos temem que os aplicativos passem a cobrar algo do motorista. “Existe um alto investimento para desenvolver esses aplicativos, e nosso medo é que os clientes se habituem a ele e depois os taxistas precisem pagar, ficando reféns do recurso. Para evitar que isso aconteça, estamos orientando as cooperativas a desenvolver seu próprio aplicativo.”

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Fonte: PrimaPagina
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