Com demissões e promessa de "libertação", Musk assume controle do Twitter

Bilionário finalizou a compra da rede social nesta quinta (27) , já demitindo o CEO e CFO de forma dramática

28 out 2022 - 22h58

A promessa se concretizou finalmente. Depois de meses de dúvidas e especulações, Elon Musk finalizou a aquisição do Twitter. Na noite desta quinta (28), aos "44 do segundo tempo" em relação ao prazo que recebeu da corte norte-americana para concluir a compra por US$ 44 bilhões, o bilionário fechou o acordo à sua maneira: em grande estilo.

Twitter bird
Twitter bird
Foto: Canva / Startups

Depois de passar a semana postando vídeos e declarações excêntricas em suas redes sociais, tipo uma em que entrou na sede da rede social carregando uma pia de cozinha, Musk já demitiu dois executivos do alto escalão do Twitter como sua primeira decisão enquanto dono da empresa.

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O CEO Parag Agrawal e o CFO Ned Segal foram dispensados. Segundo relatos de veículos ianques, o principal executivo jurídico da empresa, Vijaya Gadde, e Bret Taylor, que atuava como presidente desde novembro do ano passado, também estão de saída. No caso de Parag e Ned, os dois estavam ainda no prédio do Twitter quando a venda foi fechada, e ambos foram escoltados para fora do prédio.

Depois de assumir o controle do Twitter de forma um tanto dramática, Musk continuou com o discurso inflamado para anunciar sua compra. "O pássaro foi libertado", declarou o empresário em sua conta do Twitter, fazendo alusão ao passarinho mascote da rede social.

Planos de Elon Musk

Uma das metas de Musk é a de eliminar os bots de spam na rede, diminuindo discursos de ódio e divisão. Outro plano do executivo, que não foi assim tão bem recebido, foi divulgado na semana passada, e é o de reduzir drasticamente o número de funcionários da empresa, cortando a força de trabalho em 75%.

"A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum. ", disse Musk, em uma postagem em sua conta pessoal. "Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade", disse ele em outro post.

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Musk ainda não afirmou como pretende fazer isso, mas pelo menos quanto à parte de financiamento, vários nomes grandes compraram o plano do dono da Tesla, ajudando a bancar o valor necessário pra fechar o negócio.  A lista de investidores conta com nomes como Larry Ellison (fundador da Oracle), a Qatar Holding, e o príncipe Alwaleed bin Talal da Arábia Saudita. Outros nomes ao lado de Musk vêm do fundo Sequoia Capital e da empresa de cripto Binance.

Já em empréstimos, o empresário buscou US$ 13 bilhões em crédito com bancos como Morgan Stanley, Bank of America, os bancos japoneses Mitsubishi UFJ Financial Group e Mizuho, Barclays, o banco francês Societé Generale e BNP Paribas. Todos os investimentos e créditos se somaram aos aproximadamente US$ 27 bilhões que Musk tirou do próprio bolso, provenientes da venda de ações da Tesla que o sul-africano detinha.

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