Como usar criptomoedas para compras em loja física

1 abr 2025 - 06h58
Resumo
Criptomoedas estão ganhando popularidade no Brasil, com usos em lojas físicas sendo possíveis, mas ainda limitados. A adaptação requer educação financeira e melhora na aceitação.
Como usar criptomoedas para fazer compras em uma loja física
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Popularizando-se no Brasil, as criptomoedas estão se tornando cada vez mais uma alternativa para brasileiros que querem investir com liberdade e aproveitar o bom momento do setor. Mas é possível utilizar esta forma de pagamento em lojas físicas? Posso pagar meu café com esta moeda? A resposta é sim, mas com restrições.

No Brasil, poucas marcas em grandes centros como, por exemplo, a Calvin Klein e lojas como Pirata’s e Tartuferia San Paolo, aceitam este modelo de pagamento. Para Pedro Xavier, CEO da Mannah, startup especializada em blockchain, o passo para sair do universo virtual no país está perto, e a popularização de moedas digitais deve incentivar cada vez mais o mercado a investir neste modelo.

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“Ainda há um caminho para que as moedas digitais se popularizem, mas com a chegada do Drex e de outras ficando cada vez mais conhecidas, é natural que as grandes redes e lojas físicas se adaptem e também passem a aceitar o pagamento por esta via. É um modelo que traz mais liberdade para quem o usa e nós devemos, em breve, ver cada vez mais lugares se adaptando e entrando nesta tendência”, analisa Xavier.

Como funciona

Distante do que muitos pensam, o pagamento via cripto é simples. Além de poder fazer transações na hora, sem necessidade de espera, em lojas físicas o pagamento acontece através de QR Code, uma tecnologia muito aceita no Brasil, em especial após o Pix. Além disso, para aqueles que desejam viajar para locais que já utilizam este sistema, as criptomoedas podem ser uma forma de “evitar” o câmbio, já que ela é aceita globalmente.

“É um processo simples, não há segredos. A adaptação das lojas deve ser mais complicada que o uso do sistema pelos consumidores. Basta baixar o aplicativo onde sua moeda se encontra e utilizá-la para ler o QR Code gerado no estabelecimento. É seguro, fácil e instantâneo, o dinheiro vai direto para a loja vendedora sem necessidade de bancos ou processadores de pagamento, evitando tarifas desnecessárias e custos extras para empresários”, diz o CEO.  

Fora do Brasil

Em outros países, em especial nos Estados Unidos, este é um cenário em constante mudança. Com mais de 28.185 BTMs (caixas eletrônicos de Bitcoin) espalhados pelo país e com empresas como AT&T, Tesla, Microsoft e Starbucks que já aceitam o pagamento por este modelo e ajudam a popularizar a moeda eletrônica.

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Indo mais além, em 2021 o governo de El Salvador adotou a bitcoin como moeda legal e fez com que todos os estabelecimentos e comércios do país tivessem que aceitar o pagamento por esta via. Mas a popularização da bitcoin esbarra em dois fatores: a alta volatilidade e dificuldade técnica no uso deste modelo entre os cidadãos. Para o CEO da Mannah, para uma implementação em massa será necessário realizar todo um processo de educação financeira virtual com a população.

“Muitas pessoas não conhecem o funcionamento destes sistemas e atrelam diretamente à golpes ou acreditam que não é algo a ser levado a sério. Há uma série de questões de aprendizado e disseminação de informações corretas que precisarão ser sanadas para que as moedas virtuais caiam no gosto do público brasileiro. É um processo difícil, mas necessário e que deve trazer um avanço enorme para o mercado financeiro”, conclui Xavier.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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