Conheça cinco questões essenciais para batizar sua empresa

Não há uma fórmula para escolher o nome de seu empreendimento, mas alguns precisam ficar claros para que ele emplaque entre os clientes

7 mai 2014 - 08h01
O nome é a primeira coisa que se vê em uma marca, mas escolher um não é tarefa fácil. É preciso verificar se condiz com o perfil da empresa, se fisga o público-alvo e sobrevive em vários contextos
O nome é a primeira coisa que se vê em uma marca, mas escolher um não é tarefa fácil. É preciso verificar se condiz com o perfil da empresa, se fisga o público-alvo e sobrevive em vários contextos
Foto: CandyBox Images/Shutterstock

Um novo negócio sempre precisa de uma marca. E o nome é a primeira manifestação dessa marca – deve, portanto, instigar seu público-alvo. Não se iluda: há muita técnica por trás do que parece ser apenas inspiração momentânea. Um bom começo é fazer as perguntas certas.

É mesmo genial?

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Um dos maiores erros é fazer um rápido brainstorm (tempestade cerebral, ou tempestade de ideias) e achar que descobriu um nome brilhante. “É o que eu chamo de efeito eureka: o empresário pensa que chegou a uma grande solução, mas ela não tem efeito no consumidor”, afirma Guilherme Sebastiany, sócio-fundador da Sebastiany Branding.

Reflete o posicionamento da empresa?

Antes de se chegar ao momento em que se levantam algumas possibilidades, é preciso muita pesquisa. “Há empresas que querem marcas mais tradicionais, outros buscam coisas mais ousadas, depende muito de como quer se posicionar”, diz Jeaninne Mettes, sócia-fundadora da Brand Up, que faz uma ampla pesquisa sobre quais são os negócios que estão no ramo de seus clientes, e quais as tendências de seu mercado de atuação.

É importante, por exemplo, ter em mente o público consumidor dos produtos. “Para um público mais sofisticado, podem-se usar termos complicados ou em inglês, que não seriam bons para um negócio mais popular”, diz Sebastiany, que completa: “Um dos maiores perigos é o nome não se adequar ao perfil da empresa.”

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O nome ‘sobrevive’ em outros contextos?

Se você atua num ramo em que é possível haver parcerias internacionais, leve em conta os efeitos do nome em outros idiomas, sobretudo o inglês. “É preciso pensar na tradução do nome, pois alguns não significam nada em uma língua, mas em outros causam uma ‘saia justa’”, afirma Jeaninne, lembrando do famigerado carro “Besta”. Ela também atenta para a necessidade de se fazerem testes de pronúncia, e também ficar alerta para eventuais trocadilhos que possam ser feitos: “Os brasileiros são muito criativos”.

Nome e sobrenome?

Dizer no nome o que a empresa faz tem prós e contras. “Havia muitas empresas, no começo da computação, que usavam ‘disk’ ou ‘disquete’ no nome, algo que ficou completamente defasado”, conta Sebastiany. Da mesma maneira, colocar atividade no nome também pode limitar o alcance de uma marca quando ela amplia seu campo de atuação.

Sebastiany cita como um ótimo exemplo a marca de sorvete Häagen-Dazs. “Muita gente pensa que é europeia, mas é norte-americana. O nome tem exclusividade internacional e não significa nada, mas contribuiu para o alcance mundial da empresa ao vender uma ideia de produto gastronômico da Europa.”

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Passou nos testes?

Importante mesmo é não chegar a uma decisão sem antes fazer pesquisas para verificar se o nome escolhido é de fato bom. Tanto a Brand Up quanto a Sebastiany Branding costumam apresentar algumas opções aos clientes, que serão depois testadas, antes de uma escolha definitiva. Mesmo assim, Jeaninne ainda recomenda a seus clientes que “durmam ao menos uma noite sobre o nome para ver se é ele mesmo”.

Fonte: PrimsPagina
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