Contra crise, ramo de alimentação usa descontos e campanhas

Bares e restaurantes diminuem margem e reduzem preços para vender pratos mais baratos para mais clientes

1 jun 2015 - 07h00

Os serviços de alimentação fora de casa amargaram perda de 10% no faturamento nos primeiros quatro meses deste ano, segundo a regional paulista da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP). Para tentar escapar do tombo, alguns empresários do ramo lançam mão de estratégias que costumam dar certo: renegociar com fornecedores, cortar o lucro e dar desconto – casado com campanhas, de modo a elevar as vendas e compensar em parte a queda da margem.

Passo maior do que a perna

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Valter Sanches, proprietário da Choperia Genuíno, na região da Vila Mariana, adotou nova tática após sentir o baque no início do ano. “A frequência de clientes se manteve, mas eles estão gastando menos”, resume. Nos primeiros quatro meses de 2014, cada consumidor pagava em média R$ 67. Neste ano, R$ 53.

Choperia Genuíno congelou os preços do cardápio e aposta em vantagens nos happy hours para atrair mais gente
Choperia Genuíno congelou os preços do cardápio e aposta em vantagens nos happy hours para atrair mais gente
Foto: Divulgação

Os ganhos menores foram acompanhados de despesas maiores – sobretudo com água e energia elétrica. Ainda assim, a saída foi congelar os cifrões do cardápio e oferecer, no happy hour, chope ou caipirinha em dobro ou 50% de abatimento em destilados. Também renegociou com fornecedores.

“Acabei de fechar um contrato com a Heineken para ter cervejas e chopes com um desconto de 15%, e estamos passando tudo isso para o preço final. As medidas já começaram a dar resultado, e nosso faturamento de abril subiu 12% em relação ao ano passado”, diz Sanches.

A rede de food trucks Rolando Massinha se antecipou à crise e passou a oferecer produtos mais baratos
Foto: Divulgação

Na rede de food trucks Rolando Massinha, as iniciativas começaram ainda no ano passado, quando os sinais de piora não eram tão evidentes. “Percebi que tinha alguma coisa errada no ar, e resolvi lançar em setembro de 2014 a campanha ‘Comida de rua a R$ 10’”, declara o fundador, Rolando Vanucci.

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Ele diz ter mantido o padrão das massas, mas buscou preços menores juntos aos fornecedores e reduziu parte dos seus ganhos. Como resultado, afirma não ter sentido ainda as consequências da crise. Pelo contrário: aumentou o número de “trucks” de cinco para oito desde janeiro.

Fonte: PrimaPagina
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