Continuando a saga ladeira abaixo do setor de criptomoedas, em crise desde o "inverno cripto de 2022", a corretora Crypto.com, sediada em Singapura, anunciou nesta sexta (13) que está reduzindo sua força de trabalho global em 20%.
Em um post no blog da empresa, o cofundador e CEO Kris Marszalek não detalhou quais áreas e cargos serão afetados, mas atribuiu a decisão ao colapso da FTX, cuja apropriação indevida dos fundos dos clientes e falência "prejudicou significativamente a confiança no setor". Ele também ressaltou que as demissões não têm a ver com a performance dos funcionários.
"Crescemos de forma ambiciosa no início de 2022, aproveitando nosso incrível momento em alinhamento com a trajetória da indústria. Essa trajetória mudou rapidamente com uma confluência de cenários econômicos negativos", afirmou o CEO.
Lançado em 2016, o app atende mais de 10 milhões de clientes em todo o mundo e possui escritórios nas Américas, Europa e Ásia. Sua plataforma Crypto.com NFT permite coletar e trocar tokens não fungíveis selecionados nos mundos da arte, design, esportes e entretenimento. No Brasil, a empresa oferece um cartão de débito para pagar compras com moedas digitais em qualquer estabelecimento que aceite bandeira Visa.
Não tá fácil para ninguém
Esta é a segunda grande onda de cortes na Crypto.com. Em julho do ano passado a empresa demitiu 250 empregados - embora um relatório tenha sugerido que mais de 2 mil pessoas foram dispensadas ou caíram fora por vontade própria na época.
De fato, as empresas do setor estão tomando decisões drásticas para sobreviver à queda do mercado em geral. A Coinbase também cortou cerca de 20% de sua força de trabalho no início desta semana em sua segunda rodada de demissões. Já a exchange Kraken disse em novembro/22 que planejava demitir 1.100 pessoas, ou 30% de sua força de trabalho.