E-commerce pelo celular exige plataformas leves e práticas

Para investir no comércio mobile não basta copiar a tecnologia desenvolvida para desktop; é preciso criar tecnologias específicas para dispo

25 jun 2015 - 07h00

Com um faturamento superior a R$ 35 bilhões e mais de 100 milhões de pedidos registrados, o e-commerce mostrou sua força no Brasil em 2014 e não se restringe mais a quem faz compras pelo computador. A proliferação de smartphones e tablets pelo país nos últimos anos abriu caminho para o crescimento de um novo tipo de negócio: o comércio mobile, ou m-commerce.

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Apesar de ser parecido com e-commerce tradicional, o comércio mobile tem características próprias, e para investir na área não basta usar a mesma tecnologia desenvolvida para desktop em dispositivos móveis. “O maior erro é uma empresa querer transpor o desktop para o mobile sem entender que é um canal diferente. Deve-se criar algo leve, rápido e bem organizado, com três passos no máximo para que o cliente finalize a compra”, afirma César Bonadio, CEO da Viewit Mobile, empresa especializada no desenvolvimento de softwares para o mundo mobile.

Empresas que apostam no m-commerce devem buscar informações sobre os clientes aos poucos
Empresas que apostam no m-commerce devem buscar informações sobre os clientes aos poucos
Foto: NicoElNino / Shutterstock

Quem recorre a essa modalidade de compra tem um perfil mais de vanguarda, bastante antenado em tecnologia, por isso é preciso saber dialogar com esse público. “São pessoas que já estão acostumadas a comprar pela internet, mas que buscam a praticidade de poder fechar negócio ou pesquisar pelo celular”, argumenta Bonadio.

Informação é dinheiro

Uma plataforma de navegação simples e prática é um bom começo para atrair usuários, mas também é preciso investir em estratégias de fidelização do cliente, para que ele não desista de uma compra no meio do caminho, por exemplo. Uma forma de fazer isso é criar mecanismos para obter informações do comprador e assim enviar mensagens direcionadas. 

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A coleta de dados, no entanto, deve ser feita com cuidado, para não espantar o cliente. “Uma boa opção é fazer isso aos poucos, através de um pop-up perguntando se a pessoa é homem ou mulher na primeira vez que ela visitar o site. Na segunda, pode perguntar sua faixa etária, e depois sobre temas de seu interesse. Desse modo, a chance de ela responder é bem maior”, explica o CEO da Viewit Mobile.

Com estas informações em mãos, a empresa pode enviar mensagens muito mais direcionadas caso o cliente coloque algo no carrinho e desista de uma compra, evitando que a loja se torne inconveniente para o usuário. “Volume é a principal questão na hora de mandar mensagens. Outra é sempre deixar que o cliente decida se quer continuar recebendo. Uma vez que ele opta por isso, a comunicação fica muito mais fácil, pois não adianta forçar”, diz Bonadio.

Com a autorização do cliente, a empresa pode bolar mensagens para estimulá-lo a comprar mais. Algumas opções são oferecer percentuais crescentes de desconto se os itens no carrinho ultrapassarem uma determinada quantia ou frete grátis se a compra for finalizada em 24 horas.

Por fim, Bonadio recomenda que a loja disponibilize todas as informações de um produto sem que o cliente precise colocá-lo no carrinho. Com isso é possível separar os usuários que realmente pretendem comprar uma mercadoria daqueles que põem um item no carrinho apenas para obter uma informação. “Uma boa parte dos clientes só coloca o produto no carrinho para checar o valor do frete, por exemplo. A pessoa não tinha a real intenção de comprar, mas o comerciante nunca vai saber disso”, explica o CEO. 

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Dando todas as informações logo de cara, fica mais fácil ter uma ideia do real interesse por cada produto e identificar aqueles clientes que desistiram de uma compra no meio do caminho – e trabalhar para reverter essa situação.

Fonte: PrimaPagina
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