Todo mundo já ficou sem bateria no celular em um momento em que ela era bem necessária. Foi pensando nesse inconveniente que quatro jovens empresários, inspirados em máquinas que viram em Las Vegas e Londres, trouxeram ao Brasil uma espécie de carregador público e gratuito, para abastecer telefones móveis e tablets.
Trata-se de um totem quase com o tamanho de um caixa 24 horas. Nele, há seis compartimentos para celular e um para tablet – fechados com porta e dotados de carregadores para todos os tipos de iPhone e cabos no formato micro-USB e mini-USB, que servem para telefones de marcas como Samsung, Motorola e Sony.
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Para carregar o aparelho, basta inseri-lo em um desses espaços. Ao fechar-se, a porta é travada, e o dispositivo emite uma senha como recibo. O telefone ou tablet só poderá ser retirado após digitar-se o código.
A empresa responsável pelos totens, PowerPlug, não cobra o serviço. O plano é cobrir os custos e ganhar dinheiro com a venda de publicidade: em forma de vídeo (há uma tela na parte superior do equipamento), como minioutdoor (há um painel luminoso na parte inferior) ou colocando todo o dispositivo com a identidade visual de alguma marca.
O intuito é que as máquinas estejam em aeroportos, shoppings, bares, restaurantes, hospitais, cinemas, academias e casas noturnas. A PowerPlug afirma ter mais de 100 delas instaladas em São Paulo (a do Aeroporto de Congonhas foi uma das primeiras) e dezenas itinerantes, circulando entre cidades como Curitiba, Goiânia, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte, atendendo eventos e festas.
“A gente é refém do telefone. Se você está no meio do caminho para algum lugar e volta para buscá-lo porque precisar dele, dá para enxergar que é uma necessidade”, afirma um dos sócios, Fernando Gorayeb, explicando como surgiu a ideia de trazer o projeto para o Brasil.
No exterior, o serviço é cobrado – paga-se com moeda. Mas os fundadores da PowerPlug avaliaram que isso não daria certo por aqui. “O estrangeiro, especialmente o europeu, tem mais costume de trabalhar com moeda. Aqui, transferimos o custo ao anunciante e damos a oportunidade de anunciar no nosso espaço, gerando empatia com o público, que associa a marca a algo conveniente”, diz Gorayeb.