As churrasqueiras giratórias facilitaram bastante a forma de fazer churrasco, acabando com a preocupação de virar as carnes a todo momento. Mas o que fazer se acabar a luz no meio da festa? Foi justamente isso o que aconteceu com o ex-fazendeiro gaúcho Luciano Kaefer. No entanto, em vez de se lamentar, ele aproveitou o imprevisto para inventar um novo jeito de assar carnes e criou o espeto à pilha. Hoje, o produto lhe garante uma renda dez vezes maior do que o que ele faturava com agricultura e pecuária.
“Meu primeiro espeto foi criado em março de 2012, e, em pouco tempo, a notícia começou a se espalhar. Muitos amigos me procuravam querendo um, então comecei a fazer para vender” explica o criador do Espetoflex.
Inicialmente, a produção era terceirizada, e Luciano vendia entre 20 e 30 espetos por mês. No entanto, o negócio começou a ganhar novas proporções a partir do momento em que ele criou uma página do Espetoflex no Facebook. “Hoje temos 62 mil curtidas e ganhamos mais de 10 mil novas adesões todo mês. Além disso, as pessoas compram e postam vídeos do aparelho em suas páginas, o que ajuda a popularizar ainda mais o produto. O Facebook é nosso principal meio de divulgação”, diz o empresário.
Com o aumento das vendas, Luciano decidiu assumir os custos de produção. Comprou os equipamentos necessários, contratou dez funcionários e inaugurou uma fábrica em Porto Alegre no início de abril. “Nosso volume de vendas atual é de 1,5 mil por mês, e esse número está crescendo a uma taxa mensal de 40%. Hoje eu ganho cerca de dez vezes mais do que faturava como fazendeiro”, acrescenta Kaefer.
Para ele, o grande diferencial do Espetoflex em relação às churrasqueiras giratórias está em sua autonomia, pois estas são embutidas e não podem ser levadas para a casa de um amigo, por exemplo. “O Espetoflex funciona por 60 horas com quatro pilhas alcalinas e por mais de 20 horas no caso de pilhas comuns. Além disso, consegue girar até seis quilos de carne”, finaliza.