Já faz algum tempo que os braços estendidos na esquina foram substituídos por toques na tela do celular na hora de chamar um táxi. Inspirado nessa experiência, o empresário Nathan Ribeiro decidiu aplicar uma tecnologia parecida ao serviço de motofrete. Assim nasceu o Motomov, aplicativo lançado em maio que permite que empresas e pessoas físicas contratem motoboys previamente cadastrados e acompanhem em tempo real a trajetória do entregador, por meio de um geolocalizador.
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“Enquanto em São Paulo existem cerca de 35 mil táxis, o número de motofretistas é bem maior, chegando a 200 mil profissionais. Existe uma grande demanda por este tipo de serviço, e o Motomov foi criado para suprir esta necessidade”, justifica Nathan, que investiu cerca de R$ 500 mil no desenvolvimento do software.
Ele explica que o princípio de funcionamento é parecido com o aplicativo voltado para táxis, mas o de motofrete é mais complexo porque o usuário deve colocar no mínimo dois endereços, um para a retirada do item e outro para a entrega. “Dependendo do serviço, o número de localidades pode ser bem maior. É possível, por exemplo, pedir para o motoboy pegar dez brindes em uma empresa de publicidade e entregar cada um em uma empresa diferente, totalizando onze endereços. E tudo isso pode ser feito pelo celular”, explica.
Atualmente, o Motomov conta com cerca de 5 mil usuário cadastrados e cobre apenas a Região Metropolitana de São Paulo. No entanto, o empresário planeja expandir o alcance para Rio de Janeiro e Campinas a partir do início de 2015.
Para fazer uso do software, que é gratuito, basta baixá-lo no celular e se cadastrar, informando nome, telefone e e-mail, além de criar um login com senha. Na sequência, o usuário já estará apto a solicitar os serviços de um dos 100 motoboys cadastrados no sistema atualmente. Para tanto, é preciso primeiro indicar os endereços envolvidos na entrega. Finalmente, o aplicativo fará um cálculo de preço levando em conta fatores como distância percorrida e número de pontos em que o motociclista terá de parar.
“Caso o usuário aprove o preço sugerido, ele tem duas opções para efetuar o pagamento, que é sempre adiantado. Ou ele paga pela internet, por meio do PagSeguro, ou o motoboy vai até onde ele está com uma maquininha de cartão. As empresas ainda contam com uma terceira opção, que é o e-voucher, que nós faturamos no final do mês”, diz Nathan, acrescentado que 20% do valor de cada serviço fica para sua empresa, enquanto os outros 80% são do próprio motoboy.