Confira os 7 erros que podem fazer uma franquia dar errado

Apesar do bom desempenho do setor, investir na área não é garantia de sucesso. Especialistas apontam as falhas mais comuns e como evitá-las

O Brasil está entre os maiores mercados de franquias do mundo e, só em 2014, o segmento faturou R$ 127 bilhões no país – um crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Mas, apesar do bom momento vivido pelo setor, e das facilidades que ele traz por ser um modelo já testado, investir na área não é garantia de sucesso.

Como atrair mais clientes

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Conversamos com os especialistas em franquias Paulo Ancona Lopes, sócio-diretor da Vecchi Ancona, e Eduardo Zanin, sócio diretor da Zanin Consultoria, para saber quais os equívocos mais comuns que podem levar um investimento neste modelo ao fracasso. Confira a seguir os sete maiores erros no mundo das franquias

Foto: imtmphoto / Shutterstock

Desconhecimento do sistema de franquia

Para Paulo, a grande maioria dos erros tem uma única origem: desconhecimento do que é o sistema de franquia. “Muitos interessados em adquirir uma unidade mal sabem seus direitos e deveres, e sem isso não é possível cobrar o franqueador. Assim, depois que o negócio é fechado, ele se dá conta de que a rede não tem um território definido, por exemplo, e sofre com um concorrente da própria marca”, diz.

Foto: Syda Productions / Shutterstock

Avaliação financeira equivocada

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Outra parte considerável dos problemas vem da falta de uma avaliação criteriosa do plano de negócios, especialmente em relação à parte financeira. “Os números de faturamento e gastos divulgados pela franqueadora são sempre muito genéricos. É preciso fazer um estudo específico para cada situação, pois os custos são diferentes em cada cidade e a expectativa de faturamento é afetada por fatores como ponto comercial”, explica Paulo.

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Falta de capital de giro

Eduardo acredita que, em consequência da falta de planejamento, muitos franqueados enfrentam problemas por não terem capital de giro suficiente para manter a operação. “O ideal é ter pelo menos o equivalente a três meses para suportar folha de pagamento e despesas operacionais. E pela condição que o país enfrenta hoje, não é uma boa opção buscar isso junto aos bancos, pois os juros estão muito altos”, recomenda.

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Marca não é tudo

“Não adianta achar que, por comprar uma marca que já é famosa, você vai ter sucesso com pouco trabalho. O trabalho é sempre maior do que se você fosse empregado, e se o cliente for mal atendido ele não volta mais”, argumenta Eduardo. Segundo ele, a vantagem da franquia é que ela permite que o franqueador passe um caminho básico a se trilhar, mas é preciso seguir estas determinações à risca para dar certo.

Foto: fiphoto / Shutterstock

Ponto comercial ruim

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A escolha equivocada de um ponto comercial é meio caminho para um negócio dar errado, especialmente no varejo, acredita Paulo. “Antes de assinar o contrato, verifique se a franqueadora tem uma boa definição do conceito do negócio e do perfil do público alvo, e leve isso em consideração na hora de definir um ponto. Não adianta colocar uma loja com perfil de classe A em um bairro de classe C”, afirma.

“Um bom ponto não é garantia de sucesso, mas minimiza os riscos. Shoppings sempre são bons. Se a for loja de rua, a via deve ser de mão dupla, ter bom fluxo de pedestres e contar com polos comerciais e residenciais na região. A fachada do imóvel também não pode ficar muito escondida, pois sua marca não vai ter boa exposição”, completa Eduardo.

Foto: Fabiana Ponzi / Shutterstock

Perfil inadequado

O sucesso de uma franquia depende muito do perfil do franqueado, explica Eduardo. Por isso, se a pessoa não está disposta a abrir mão dos finais de semana, não adianta abrir algo em uma praça de alimentação de um shopping. “Antes de tudo, é fundamental pensar no tipo de negócio em que você vai se enquadrar melhor. Não adianta olhar apenas para a marca, ou para a expectativa de retorno que ela traz.”

Foto: Roman Seliutin / Shutterstock

Administrar à distância

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De acordo com Eduardo, não estar à frente do negócio e colocar um gerente para administrar nunca é o melhor caminho. “Você precisa entender o que está operando, quais as dificuldades do dia a dia. Sem saber executar as tarefas da franquia você não vai conseguir cobrar adequadamente dos seus funcionários”, diz.

Fonte: PrimaPagina
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