O mercado de pets passa por um bom momento no Brasil. Segundo dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), o faturamento do setor de alimentos para este segmento cresceu 8,2% em 2013, enquanto a venda de acessórios teve uma alta de 5,2%. E muitas empresas pequenas estão aproveitando este espaço para oferecer serviços sofisticados que antes eram impensáveis para o setor.
Um bom exemplo é o da veterinária Juliana Bechara Belo, que se uniu à sua irmã Veridiana Noda, chefe de cozinha, para criar a La Pet Cuisine, uma empresa especializada em comidas gourmet para cães e gatos. “Conversando com uma amiga que é nutricionista, eu fiquei sabendo desta tendência no exterior de se alimentar os animais com comida, deixando a ração de lado”, afirma Juliana.
Confira os setores em que as novas empresas mais crescem
Invenção do telefone mostra importância de patentes
Imaginarium nasceu da busca de casal por qualidade de vida
Entre os pratos cuidadosamente elaborados por Veridiana, destacam-se o cordeiro com grão de bico, a caçarola de carne de grãos e o risoto vegetariano. Mas o grande diferencial mesmo é que elas usam ingredientes de primeira, e não restos de comida, como acontece com as rações. “Além disso, os pratos são completos, balanceados e não levam conservantes. Isso se reflete na saúde do animal, que fica com mais energia, de bom humor e com os pelos mais bonitos”, resume Juliana.
A La Pet Cuisine oferece ainda uma linha de refeições para animais que tem restrições alimentares, como alergias a determinados componentes ou doenças como a diabetes. Assim, é possível adaptar os pratos de acordo com as necessidades específicas do pet, o que seria impossível no caso das rações, que são padronizadas. “Quando começamos, em 2012, as pessoas tinham muita resistência à proposta, especialmente os veterinários mais antigos. Mas hoje já é possível ver os resultados positivos nos animais que consomem, e a aceitação está bem melhor”, revela.
Acessibilidade para pets
Outro negócio que está sabendo aproveitar o bom momento do mercado de pets é o Max Locomotion, que produz e comercializa cadeiras de roda para animais de estimação. “A ideia veio de uma prima minha de Portugal, onde existe este serviço para cães. Como eu já tinha experiência na indústria metalúrgica, patenteei os modelos e montei o negócio há cerca de um ano”, afirma Eduardo Rizzo.
O serviço funciona assim: o cliente liga ou chega na loja, explica a limitação do animal, passa a medida, e Eduardo escolhe, dentre os mais de 100 modelos existentes, aquele que melhor preenche as necessidades do pet. “Temos desde cadeiras de rodas até andadores e suportes para pescoço. Já chegamos a atender até coelho, tartaruga e ouriço. Agora, no começo do ano, pretendemos lançar um arco para cachorros cegos, que funciona como um capacete de futebol americano, para ele não se machucar quando encontrar um obstáculo”, finaliza.