Uma pesquisa da consultoria de treinamento e desenvolvimento de pessoas Dale Carnegie Training apontou que 64% dos funcionários das pequenas e médias empresas não são totalmente engajados no negócio. O número, embora melhor que o das grandes corporações (71%), mostra que há muito que ser feito para acentuar a motivação.
Quais medidas tomar, então, para melhorar esse quadro? Os 64% – soma dos parcialmente engajados (46%) e totalmente desengajados (18%), segundo o estudo, realizado entre outubro de 2013 e janeiro de 2014 – indicam que os empregados querem se ver valorizados, avalia a diretora de marketing da Dale Carnegie, Jamile Dupont.
O consultor Antonio Loureiro, diretor-presidente da Conquest One, especializada em recrutamento na área de Tecnologia da Informação, afirma que é primordial tratá-los com respeito e incluí-los nas decisões que gerem algum impacto. “Respeitar limites e prestar atenção às diversidades” são pontos fundamentais, comenta.
Jamile observa que é comum as pessoas terem orgulho de trabalhar em grandes corporações, pelo que representam no mercado. Em pequenos empreendimentos, o foco é outro. O funcionário precisa saber que sua atuação faz diferença e é reconhecida. Valorize, sobretudo, a flexibilidade e o domínio do processo, pontos fundamentais em firmas de menor porte.
O gestor, indica a diretora de marketing, deve estar ciente de que a inspiração do empregado está ligada à independência e ao impacto de seu trabalho nos resultados. Por isso, é fundamental mostrar o peso que esse desempenho tem na produtividade. “O funcionário tem de viver a empresa conosco”, resume Loureiro.
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Igualmente importante é criar um ambiente de confiança. Entre os profissionais mais inspirados estão aqueles que confiam na chefia e nos valores da companhia, segundo Jamile. A pesquisa da Dale Carnegie aponta que 70% dos engajados mantiveram-se motivados mesmo em períodos de crise, porque a empresa se mostrou confiante no trabalho que estavam fazendo.
“Valorizar não é, necessariamente, dar incentivo financeiro. Pode até ser um desafio, aumentar a responsabilidade ou perguntar a opinião”, explica Jamile. Tanto um trabalho benfeito quanto um erro merecem ser comunicados. “É melhor falar individualmente. Perguntar qual foi o motivo do erro, o que pode ser feito para que isso não se repita e se ele pode dar alguma sugestão de solução”, aconselha.