Quem possui uma loja de roupas dificilmente consegue tempo e dinheiro suficientes para viajar e visitar todos os showrooms das marcas que gostaria de ostentar em suas vitrines. Pensando nesta dificuldade, uma startup brasileira criou a eModa, plataforma digital para facilitar a negociação entre marcas e lojistas do setor.
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Vanessa Wander, CEO da eModa, explica que já atuava neste mercado há mais 20 anos quando conheceu a Joor, ferramenta que faz a intermediação de transações de empresas do mundo fashion em Estados Unidos, Austrália e Europa. “O Brasil conta com mais de 230 mil lojas de vestuário, sendo que 87% delas são de pequeno e médio porte. Por se tratar de um país de dimensões continentais, a digitalização traz enormes benefícios para marcas e lojistas”, diz.
Após um ano de desenvolvimento, a eModa foi lançada em março de 2015. A plataforma funciona como um shopping online para o atacado, onde as marcas divulgam suas coleções e as lojas cadastradas têm a possibilidade de acessar detalhes, como fotos e descrições dos produtos, e fechar negócio. “Para as marcas, a grande vantagem é aumentar a quantidade de pontos de vendas, pois muitas deles estão em menos lugares do que poderiam, levando-se em conta a demanda que possuem”, afirma.
Ela acrescenta ainda que as empresas economizam o custo de mostruários, que são bastante elevados, e também recebem relatórios detalhados ao final da coleção. É possível, por exemplo, saber quantas pessoas acessaram cada produto, quantas fecharam negócio, qual a demanda reprimida, quais as regiões que mais compram, etc. “Por outro lado, os lojistas conseguem ter acesso a um número maior de marcas, economizam com viagens para visitar os showrooms e sofrem menos com burocracia, pois eles só precisam disponibilizar sua documentação no sistema uma única vez.”
Além de servir como plataforma digital para facilitar as vendas no atacado, a eModa também faz o material de marketing das marcas, tirando fotos das peças a fazendo as descrições dos produtos. Para completar, a equipe ainda visita lojas para realizar o cadastramento delas no sistema. A ideia, segundo Vanessa, é potencializar o uso da ferramenta no Brasil.
“O lojista precisa sentir confiança na plataforma e na marca para fechar negócio. Se ele já conhece o produto, fica mais fácil. Caso contrário, temos de ajudar, tirar dúvidas. Mas, em geral, depois da primeira compra eles se acostumam”, diz.
Atualmente, o eModa conta com 10 marcas cadastradas e espera chegar a 50 em 2016. O número de lojas incluídas no sistema é de 700, mas já existem 6.700 mapeadas, com informações dalhadas sobre cada uma delas. “Esperamos faturar R$ 5 milhões até o final deste ano e R$ 10 milhões em 2016, com uma movimentação de R$ 65 milhões por meio da plataforma.”