Em uma cidade como São Paulo, que tem mais de 5,4 milhões de carros, muitas oportunidades estão abertas para quem trabalha com oficinas mecânicas ou funilarias. O problema é que, muitas vezes, os microempresários donos destes negócios esbarram nas limitações de seus conhecimentos de gestão. É para atacar este problema que o Sebrae-SP lançou o programa “Meu negócio é carro – Gestão sobre rodas”, para capacitar os profissionais que atuam na capital paulista.
“Nós vemos que os pequenos negócios costumam morrer rápido por causa de três fatores: falta de planejamento prévio, deficiência na gestão empresário e pouco comportamento empreendedor”, ressalta Alessandro Leite, gerente do Sebrae-SP.
Já Sérgio Alvarenga, diretor de relações institucionais e governamentais do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP), constata que “os profissionais da área tem muita formação técnica, mas conhecimentos deficientes de gestão, daí a necessidade de um programa para melhorar o perfil empresarial”.
O programa foi lançado em uma palestra realizada em 27 de maio pelo escritório regional do Sebrae-SP da Zona Norte de São Paulo. A escolha desta região da cidade para apresentar a iniciativa não foi por acaso. “Existem cerca de 10 mil oficinas na cidade de São Paulo, e 20% delas estão na Zona Norte da cidade”, afirma Leite.
O programa tem uma meta ousada: aumentar, entre junho de 2014 e novembro de 2015, em 10% o faturamento dos microempresários que dele participarem. Até por isso, o Sebrae-SP fará, no dia 10 de junho, uma reunião em seu escritório regional da Zona Norte para que os interessados assinem um acordo se comprometendo a participarem de todas as etapas do projeto.
Aqueles que participarão do programa terão, entre outras coisas, consultorias individuais para melhorar seus negócios e participarão de reuniões coletivas com os outros envolvidos no projeto para desenvolverem a gestão de suas oficinas. O projeto abordará temas como gestão financeira, recursos humanos e marketing.
Se, no início, o programa vai estar voltado exclusivamente para a cidade de São Paulo, Alvarenga conclui dizendo que “há intenção de, no futuro, estender o projeto para todo o estado”.