Utilizar maquininhas de cartão para retirar dinheiro do limite disponível pode resultar em custos elevados, problemas legais e impactar a saúde financeira do usuário.
A prática de utilizar maquininhas de cartão de crédito para retirar dinheiro do limite disponível no cartão pode parecer uma solução rápida para o empreendedor sair do aperto, mas essa prática pode acarretar custos elevados e até problemas legais.
Ao realizar essa operação, o usuário tem que pagar a taxa da operação da maquininha e paga ainda os juros do cartão.
“As operadoras de maquininhas cobram uma porcentagem sobre o valor movimentado. Além disso, o montante retirado entra como despesa na fatura do cartão de crédito, sendo financiado com os juros do crédito rotativo caso não seja pago integralmente. Esses juros, frequentemente superiores a 300% ao ano, tornam essa prática uma das mais caras formas de acessar dinheiro”, informa Thales Santana, diretor de relacionamento com clientes, da CardWay.
Além dos custos financeiros, existem implicações legais e contratuais. “As maquininhas foram projetadas para transações comerciais legítimas, e seu uso para transformar crédito em dinheiro pode ser interpretado como uma violação de contrato com a operadora, resultando no bloqueio do serviço e até complicações fiscais”, explica.
Outro risco é o impacto na saúde financeira do usuário. A falsa sensação de liquidez pode levar ao uso descontrolado do limite do cartão, criando uma bola de neve de dívidas difíceis de gerenciar.
“Para evitar essa armadilha, use alternativas mais viáveis, como empréstimos pessoais, que geralmente oferecem taxas mais baixas, ou a negociação direta com o banco. É fundamental que os consumidores entendam os riscos e busquem opções mais seguras em momentos de dificuldade financeira”, recomenda.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.