O principal desafio dos e-commerces recém-criados é atrair tráfego para sua página e, consequentemente, impulsionar as vendas. Pensando em ampliar a exposição de sua marca na internet, muitas empresas têm recorrido com sucesso aos chamados shoppings virtuais, sites que reúnem produtos ou serviços oferecidos por terceiros.
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Gabriel Lima, sócio-fundador da consultoria em comércio eletrônico eNext, afirma que a principal vantagem de se aderir a um marketplace, ou shopping virtual, é o baixo custo para atrair usuários. “Enquanto os gastos com marketing para adquirir novos usuários podem superar 20% do faturamento bruto, é possível ter ótimos resultados com os shoppings virtuais investindo entre 10% e 15% da receita”, explica.
Para ele, a adesão a um ou mais marketplaces é benéfica para todos os tipos de e-commerce. A grande questão, no entanto, é saber em qual modelo de shopping virtual investir: os de massa, como Submarino e Mercado Livre, ou os de nicho, como a Estante Virtual, por exemplo, especializada em livros. “Os primeiros geram grande exposição, mas a taxa de conversão de vendas é menor. Já nos segundos o tráfego gerado não é tão grande, mas são pessoas com interesse na sua área de atuação.”
Uma característica bastante peculiar do mercado brasileiro torna ainda mais interessante a adesão a mais de um shopping virtual. “Em todos os países do mundo, existe um marketplace de massa que domina o mercado. Porém, isso não acontece no Brasil, onde existem alguns sites que dividem essa preferência. Assim, o pequeno empresário tem uma boa possibilidade de discutir preços e até fechar com mais de um para ampliar sua visibilidade”, recomenda Gabriel.
Para destacar seu negócio entre os concorrentes presentes em um shopping virtual, o especialista ressalta a importância de uma atenção redobrada no cadastro dos produtos. “A exposição no marketplace é similar à de buscadores como Google. É preciso saber usar as palavras-chave e estar atento a como as outras empresas vêm posicionando os produtos delas.”
Outro ponto fundamental é gerar poucas reclamações, pois isso também influencia na posição que seus produtos vão aparecer. “O e-commerce precisa se preparar para um aumento de demanda de cerca de 20%, e criar uma estrutura que dê suporte a isso e não resulte em atrasos de entregas, por exemplo”, completa.