Você já parou pra pensar por que algumas empresas inspiram e ganham o coração das pessoas, enquanto outras não? Simon Sinek, em seu livro “Comece pelo porquê”, apresenta o Golden Circle, um conceito empresarial que tem como princípio a construção de negócios inspirados num “porque” que vai além de vender. É óbvio que lucratividade é um objetivo de qualquer negócio. Mas quando Simon se refere à necessidade de encontrar um “porquê”, está trazendo uma forma mais humana de pensar negócios. Afinal, negócios só geram lucratividade se conquistam pessoas. E aqui entra o valor desse conceito, porque o que conecta marcas e pessoas não são produtos, mas valores humanos.
Por que é importante ter um porquê?
O “porquê” a qual Simon se refere é reflexo de um tema que tem sido muito discutido hoje em dia (e até já virou clichê): a busca por um propósito maior. Quando uma empresa encontra seu “porquê” conquista também novos patamares, pois fortalece laços entre a marca e as pessoas (de dentro e de fora da empresa). Isso se reflete em números.
A motivação dos funcionários aumenta quando se sentem parte de uma empresa com um propósito relevante que as inspira. É como se isso despertasse um senso de valor maior para o trabalho deles. Essa sensação traz uma chuva de hormônios da felicidade, despertando também um fluxo de auto motivação. Pessoas hiper motivadas têm mais energia aplicada, isso é inquestionável e é bem diferente de trabalhar motivado por ganhar determinada quantia no fim do mês. Essa última lógica entra na lei do mínimo esforço.
O “porquê” é um grande fio condutor.
Quando há clareza da razão de existir de um negócio, os conflitos de visão se reduzem. Afinal, o “porquê” se torna uma baliza de julgamento imparcial, que está acima de opiniões pessoais. Se algo está distanciando a empresa do seu “porquê”, deve ser repensado. Não importa de quem é a ideia. Não é uma luta pessoal. É um acordo coletivo. Tira da frente a competição por opinião.
Nesse contexto, com essa missão bem definida do negócio, comportamentos e ideias que não colaboram para ajudar a empresa a colocar seu propósito em ação, não são considerados. E tudo isso acontece com menos conflito. O clima fica menos tenso, porque não dá margem para a competitividade e sim para a colaboração.
Cultura organizacional é uma manifestação absolutamente humana.
Temos uma tendência de nos unir aos nossos similares (a quem pensa como nós) e a nos distanciar de pessoas diferentes daquilo que temos como crenças e valores. Quando uma empresa não tem um fio condutor, cria silos. E esses silos, muitas vezes colocam energia em lados opostos, dificultando a todos obterem melhores resultados, já que há um desperdício imenso de energia nessa situação.
É por isso que uma organização deve escavar o motivo de sua existência verdadeira e trazer essa clareza a todos. É isso que conduzirá para onde a empresa caminhará e como as pessoas da empresa vão se comportar nessa caminhada.
Somente apoiada em valores humanos, que são expressados por uma razão de existir inspiradora que é possível a uma empresa criar um movimento cativante para dentro e para fora, conquistando mais do que vendas, mas o coração das pessoas que investirão tempo, energia e dinheiro nesse negócio.
Propósito é potência. Pense nisso.
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