Seja para reduzir custos ou para melhorar a qualidade e a eficiência da sua operação, muitas empresas optam por terceirizar parte de suas atividades. No caso das pequenas empresas, esta prática pode trazer benefícios ao empreendedor em alguns casos, mas também pode criar armadilhas, como o risco de um terceirizado se transformar em um concorrente no futuro.
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Os principais fatores que devem ser levados em conta na hora de terceirizar uma atividade ou setor são o planejamento e a gestão do negócio, afirma Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae-SP. “Se o empresário detectar uma grande alta na demanda, ou se precisar contratar mais funcionários e não encontrar no mercado a custos baixos ou com a qualificação necessária, ele pode recorrer a esta alternativa”, explica.
Nagamatsu também alerta que o empreendedor deve considerar a questão legal e verificar se a situação não irá gerar vínculo empregatício. O trabalhador terceirizado, por exemplo, não está submetido à hierarquia da empresa, e sim às regras estipuladas pelo contrato de prestação de serviço. “Além disso, uma empresa não pode terceirizar sua atividade-fim. Por exemplo, o Sebrae não poderia demitir todos os seus consultores e contratar uma empresa para fazer isso, pois esta é nossa função principal. Em geral, este recurso é mais usado em setores como limpeza, manutenção, alimentação, ou mesmo na gestão dos recursos humanos”, afirma ele.
Um dos erros mais recorrentes cometidos pelas pequenas empresas na hora de terceirizar está ligado à falta de planejamento, diz o consultor do Sebrae. Segundo ele, muitos negócios acabam gastando demais com prestadores de serviços ou até se tornando dependentes deles, o que acontece bastante no setor têxtil. “Temos casos de empresas que atuavam como terceirizadas, pegaram o know-how da produção e acabaram virando concorrentes. Para evitar que isto aconteça, é preciso estar atento para não terceirizar um setor-chave apenas para uma empresa, para que não seja facilmente copiado”, alerta Nagamatsu.
Finalmente, o consultor recomenda que as empresas terceirizadas sejam acompanhadas de perto, para garantir que cumpram bem suas funções. O ideal é que este controle seja feito pessoalmente, por um supervisor da empresa contratante. Se isso não for possível, uma opção é recorrer a softwares e soluções informatizadas para ajudar na gestão da mão de obra terceirizada.