Twitter começa onda global de demissões e Brasil está no passaralho

Fontes afirmam que cortes podem chegar a 50% da força de trabalho e parte da equipe brasileira já foi dispensada

4 nov 2022 - 23h52

A onda de demissões esperada com a chegada de Elon Musk ao comando do Twitter chegou. A empresa iniciou nesta sexta (4) um passaralho global em sua força de trabalho, atualmente composta por mais de 7,5 mil funcionários, inclusive com cortes no Brasil.

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Foto: Jeremy Bezanger/Unsplash / Startups

Os cortes foram anunciados ainda na noite de quinta-feira, com algumas fontes ligadas à empresa afirmando que eles poderiam chegar a 50% do quadro global da empresa, ou 3.750 funcionários, atingindo praticamente todas as áreas de negócio. As demissões ainda estão ocorrendo, o que dificulta ainda para ter uma noção total do número de pessoas dispensadas.

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Contudo, não demorou para o Brasil também ter suas demissões. Segundo relatos de fontes de mercado, parte dos 150 funcionários do Twitter Brasil tiveram seus computadores de trabalho bloqueados na madrugada de quinta para sexta, e receberam emails em suas contas pessoais alegando que seus cargos não eram mais necessários. Apesar disso, o Twitter nacional ainda não lançou um comunicado oficial sobre os cortes no país.

Sobre a decisão de fazer cortes a nível global, o New York Times teve acesso a um email divulgado pelo Twitter a seus funcionários. "Em um esforço para colocar o Twitter em um caminho saudável, passaremos pelo difícil processo de reduzir nossa força de trabalho global", dizia o e-mail. "Reconhecemos que isso afetará vários indivíduos que fizeram contribuições valiosas ao Twitter, mas infelizmente essa ação é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro".

Desde que Elon Musk concluiu a compra da rede social por US$ 44 bilhões, na semana passada, a palavra de ordem é mudança. Imediatamente após a compra, ele demitiu seu presidente-executivo e outros altos executivos. Desde então, mais executivos se demitiram ou foram demitidos, enquanto os gerentes foram solicitados a elaborar listas de funcionários de alto e baixo desempenho, provavelmente com vistas a cortes de empregos.

Musk também trouxe mais de 50 engenheiros e funcionários de suas outras empresas, incluindo a Tesla, para revisar as listas de demissões de funcionários e a tecnologia da plataforma social.

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O dono da Tesla enfrenta pressão para fazer o Twitter funcionar financeiramente, vindo de partes que ajudaram o bilionário a levantar os fundos para fechar o negócio. Ele adquiriu US$ 13 bilhões em dívidas pela aquisição e está prestes a pagar cerca de US$ 1 bilhão por ano em pagamentos de juros. Além disso, o Twitter ainda não é uma empresa saudável financeiramente, com um fluxo de caixa pouco robusto.

A estratégia de Musk pode ter um alívio inicial com o corte de custos para que a operação da empresa seja mais barata. Além disso, o bilionário já acenou para novas formas de monetização da plataforma, como a cobrança de uma mensalidade  US$ 8 para os usuários que desejam ter seus perfis verificados.

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