Inflação e taxa de juros em alta, crescimento do PIB em baixa, crédito mais difícil... para muitos empresários, a situação da economia brasileira não parece nada animadora. Mas em meio a tantas más notícias, pelo menos um segmento não tem do que reclamar: o mercado de franquias.
Em plena crise, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) prevê um crescimento de 10% para o setor em 2014, dando sequência aos bons resultados dos anos anteriores. Em 2013, por exemplo, o faturamento das franquias brasileiras foi 11,9% maior do que em 2012. Em termos de número de pontos de venda, o crescimento do ano passado foi de 9,4%, chegando a 114.409 unidades de 2.703 redes diferentes.
Nesse cenário, apostar em uma franquia pode ser uma excelente saída em tempos de turbulência econômica. Mas em que área investir? Alguns setores sofrem menos que outros com recessões e oferecem mais oportunidades para explorar ao máximo o potencial escondido na fase difícil que está começando. Confira a seguir as dez opções mais promissoras.
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Alimentação
Quando a família tem pouco dinheiro para gastar com lazer, sair para comer fora é um passeio mais acessível. “Em tempos de crise, restaurantes por quilo são mais promissores”, afirma Tales Andreassi, Coordenador do Centro de Empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas.
Pets
O setor está com tudo: a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação prevê um faturamento de R$ 16,47 bilhões este ano, 8,2% a mais do que em 2013, quando já havia registrado 7,3% de crescimento em relação ao anterior.
Educação e treinamento
Escolas profissionalizantes e de reforço escolar se encaixam num perfil em ascensão: o das microfranquias, que demandam investimento de menos de R$ 80 mil. No caso do setor de educação, funcionários bem preparados são mais importantes do que a estrutura física.
Serviços domésticos e cuidadores de idosos
Assim como acontece com a educação, estes dois setores demandam mais investimento em equipe do que em espaços físicos. Também são duas áreas em rápido crescimento – com a PEC das Domésticas, a busca pela terceirização do serviço de limpeza aumentou.
Vestuário, acessórios pessoais e calçados
Com o menor acesso a crédito, o volume de vendas tem a tendência de diminuir, mas a área de moda ainda é uma das mais procuradas em datas comerciais festivas. Não é obrigatório abrir lojas de grande porte, os quiosques de shoppings já são ótimas opções.
Beleza e estética
O setor tem uma vantagem: não demanda muito capital inicial. “Investimento mais baixo significa risco menor”, diz Cesar Kirszenblatt, gerente de conhecimento e competitividade do Sebrae-RJ. Microfranquias dão retorno em até 24 meses, contra 36 meses, em média, de redes maiores.
Serviços automotivos
A venda de veículos usados e, principalmente, de peças, tende a crescer em momentos de estagnação e menor acesso a crédito. A comercialização de carros e motos cai na mesma medida em que os reparos e as trocas de modelos usados aumenta.
Comunicação, informática e eletrônicos
Pelo mesmo motivo dos veículos, o setor de reparos de eletrodomésticos e aparelhos de informática só tende a ganhar quando os consumidores preferem consertar o que já têm em vez de adquirir um produto novo apenas porque ele é alguns meses mais moderno.
Esportes e lazer
Em tempos de espírito olímpico e ainda na esteira da Copa, o estímulo à atividade física está em alta. “As escolinhas de ginástica para crianças, por exemplo, têm uma grande demanda”, afirma Cesar Kirszenblatt, do Sebrae-RJ.
Hotelaria e turismo
Produtos luxuosos voltados para a classe média podem encalhar, mas parques de entretenimento, pousadas com preços acessíveis e franquias de quiosques a beira-mar, por exemplo, nunca saem de moda. As pessoas não ficam sem comer, assim como não ficam sem passear.