Os preços dos contratos futuros de minério de ferro se recuperaram nesta segunda-feira, com o retorno das esperanças de flexibilização monetária na China superando a demanda vacilante de curto prazo e os dados desanimadores sobre imóveis.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,5%, a 802,5 iuanes (110,23 dólares) a tonelada.
No início da sessão, o contrato caiu para o nível mais baixo desde 6 de dezembro, para 788 iuanes por tonelada.
O minério de ferro de referência para janeiro na Bolsa de Cingapura subia 0,92%, a 104,85 dólares a tonelada, depois de ter caído mais cedo para o nível mais baixo desde 9 de dezembro, a 103,2 dólares a tonelada.
Uma série de dados industriais relativamente fracos manteve vivos os apelos para que Pequim intensifique estímulos voltados para o consumidor, enquanto formuladores de políticas se preparam para mais tarifas comerciais dos EUA em um segundo governo Trump.
A China tem espaço para reduzir ainda mais a taxa de reserva obrigatória (RRR) -- a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, disse uma autoridade do banco central no sábado, de acordo com a emissora estatal CCTV.
"No curto prazo, os olhos estão voltados para o momento de um possível corte na taxa de juros e no RRR", disse Cheng Peng, analista da Sinosteel Futures.
Os ganhos de preço, entretanto, foram limitados pelos fundamentos fracos de mercado do principal ingrediente da fabricação de aço.
A produção de aço bruto da China no mês passado caiu 4,3% em relação a outubro, prejudicada por margens mais apertadas e pelo enfraquecimento sazonal do consumo de aço downstream, enquanto analistas esperam que o volume de dezembro caia ainda mais.
O investimento imobiliário na China recuou 10,4% nos primeiros 11 meses de 2024 em relação ao ano anterior, depois de cair 10,3% em janeiro-outubro, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) na segunda-feira.