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Ministra das Finanças do Reino Unido sofre pressão após forte venda dos ativos britânicos

9 jan 2025 - 11h46

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, está enfrentando seu primeiro grande teste desde que chegou ao cargo, após um salto nos custos dos empréstimos do governo na semana e um aprofundamento das perdas da libra nesta quinta-feira, o que pode forçá-la a cortar gastos futuros.

Com os investidores preocupados com o alto nível de endividamento e a estagnação da economia, o Tesouro britânico disse que não há necessidade de intervenção para acalmar os mercados, tendo prometido na quarta-feira manter "um controle rígido" sobre as finanças públicas.

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Uma forte venda nos mercados de dívida na terça e na quarta-feira - que foi associada, em parte, à iminente chegada de Donald Trump à Casa Branca - levou o rendimento do título do governo britânico de 30 anos a uma máxima de 26 anos.

Os preços dos "gilts" caíram ainda mais no início das negociações desta quinta-feira - levando os rendimentos a novas máximas - antes de se recuperarem e ficarem pouco alterados no dia.

A libra está a caminho de sua maior queda em um período de três dias em quase dois anos, o que levou a comparações com a crise do "mini-orçamento" de 2022, que forçou a ex-premiê Liz Truss a renunciar.

No entanto, os movimentos de mercado desta semana foram menos acentuados e, até o momento, não há evidências da pressão sobre os investidores institucionais que forçou o Banco da Inglaterra a fazer compras emergenciais de títulos em 2022.

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O ministro do Tesouro, Darren Jones, que é vice de Reeves, disse ao Parlamento que o mercado de títulos do Reino Unido "continua funcionando de forma ordenada" e que a demanda por dívida no país continua forte. "Não há necessidade de nenhuma intervenção emergencial", disse Jones.

O Partido Conservador, de oposição, acusou Reeves de estar "ausente" e pediu que ela cancele uma viagem à China com o objetivo de reavivar os laços comerciais. Sua partida está prevista para esta quinta-feira.

O novo governo do Reino Unido lançou seu plano de investimentos em serviços públicos e infraestrutura para impulsionar o crescimento econômico poucos dias antes da vitória de Trump na eleição de 5 de novembro, que elevou os custos dos empréstimos em todo o mundo.

Essa mudança nos mercados deixou os investidores mais preocupados com a combinação de altos empréstimos no Reino Unido planejados por Reeves e pelo primeiro-ministro Keir Starmer, e com o impacto de seus impostos mais altos para as empresas em uma economia que agora está estagnada.

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Em seu orçamento de 30 de outubro, Reeves deu a si mesma apenas uma pequena margem de erro para atingir a meta de equilibrar os gastos com serviços públicos e as receitas fiscais até o final da década.

Economistas acreditam que o aumento dos custos dos empréstimos e a estagnação econômica desde a eleição de julho significam que Reeves está fora do curso para atingir essa meta e que ela precisará reagir.

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