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Ministro admite "risco" de racionar energia no Sudeste

Para Eduardo Braga (Minas e Energia), País enfrenta a "maior crise hídrica" da história

21 fev 2015 - 11h02
(atualizado em 23/2/2015 às 15h29)
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (à direita), durante inauguração de uma subestação em Barras, no Piauí
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (à direita), durante inauguração de uma subestação em Barras, no Piauí
Foto: Yala Sena / Especial para o Terra

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu na sexta-feira, ao inaugurar obras no Piauí, que existe um “risco estrutural” de racionamento de energia na região Sudeste.

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Para o ministro, o País enfrenta a “maior crise hídrica” e janeiro foi o mês que menos choveu na série histórica registrada no Brasil.

“Há um risco (de racionamento), mas é um risco estrutural. Para se ter um sistema elétrico que tenha risco zero, o custo desse sistema é muito alto, porque você vai ter que ter basicamente termoelétricas, e termoelétricas são caras. Portanto, todo sistema elétrico tem um risco estrutural, para que a gente possa ter um custo mais estrutural. Esse risco é de 5% e hoje os últimos cálculos de monitoramento são de 1,2% acima do risco estrutural”, afirmou o ministro ao inaugurar uma subestação no Piauí.

O ministro citou ainda que a hidrelétrica de Furnas, uma das maiores do País, chegou em dezembro com 8% de reservas de água. Com as chuvas, o índice foi elevado para 12%. Eduardo Braga informou que o balanço de fevereiro ainda não foi concluído.

“Estamos enfrentando a maior crise hídrica do País. Nunca teve um janeiro com tão pouca água”, ressaltou.

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Nordeste

Eduardo Braga garantiu que não há possibilidade de racionamento de energia no Nordeste.

“No Nordeste não temos risco de racionamento porque temos uma geração térmica e eólica que garanta o abastecimento de energia”. 

Horário de verão

O ministro garantiu que não irá prorrogar o horário de verão, que encerra no domingo. Segundo Eduardo Braga, o programa reduziu em 4,5% o índice de consumo durante o pico de demanda.

“Tivemos uma economia energética para o País e com isso economizamos água. Tivemos uma economia no Sudeste de 0,5%. Isso não é pouco, porque o Sudeste é responsável por aproximadamente de 50 mil megawatts dia no consumo”.

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Braga ressaltou ainda que o horário de verão provocou uma economia de 1% na região Sul. “Isso possibilitou que os reservatórios do Sul abastecessem o Sudeste brasileiro. É este manejo e planejamento que tem assegurado o povo brasileiro passarmos por uma crise hídrica garantindo energia”.  

Segundo o ministro, a nova política tarifária com bandeiras para o consumidor usar de forma inteligente a energia ajudará a reduzir o desperdício. Braga comparou o uso da energia como o aparelho celular.

“Quando lançaram o celular, ele era usado a qualquer hora e a qualquer momento e o que acontecia? No final do mês vinha uma conta que se surpreendia. Nós aprendemos a usar o celular de forma racional. A energia nós precisamos também de forma inteligente, racionar e sabermos usar para que ela não seja desperdiçada”.

No Piauí, o ministro inaugurou uma subestação no município de Barras (a 119 km de Teresina) e entregou a 150 mil ligações do Luz para Todos no Estado. 

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Fonte: Terra
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