BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que, para lidar com a alta dos preços dos alimentos, em alguns casos o consumidor terá de rever escolhas. Ele deu como exemplo a laranja. No caso dessa fruta, segundo o ministro, não se aplica a redução de alíquotas de importação que o governo planeja para alguns alimentos como estratégia para baratear os produtos, anunciada nesta sexta-feira, 24.
"O preço internacional está tão caro como aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, (consumir) outra fruta", afirmou Rui Costa a jornalistas nesta sexta-feira, 24. "Não adianta você baixar a alíquota (de importação), porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro. Então focaremos, evidentemente, no produto que estiver mais barato lá fora."
Ele citou "a diminuição drástica da produção" de laranja em função de doenças na plantação tanto nos Estados Unidos, um dos maiores produtores do mundo, e em São Paulo, "um dos maiores produtores do Brasil". A situação, disse o ministro, faz com que o preço internacional esteja tão caro quanto no Brasil.
Nesta tarde, Rui Costa disse que o governo atuará na redução da alíquota de importação de alimentos que estiverem mais caros no mercado interno em relação ao mercado internacional. De acordo com ele, não há justificativa para o País ter produtos com preço acima do patamar internacional.
"Todos os produtos que tiverem preço interno maior do que o externo, vamos atuar imediatamente na alíquota de importação", afirmou. Segundo o chefe da Casa Civil, a gestão federal fará uma análise dos produtos no mercado internacional com preços mais baixos em relação ao mercado interno.
"A redução de alíquota será para todo e qualquer produto que esteja com preço mais barato no mercado internacional e mais caro no mercado interno", complementou. "Focaremos evidente no produto que esteja mais barato lá fora, para trazer o preço, no mínimo, o patamar que estiver no internacional."