Volta do horário de verão está incerta devido a resistência de setores econômicos. Decisão deve aguardar início do período chuvoso para recuperação dos reservatórios.
A volta do horário de verão, que antes era tão ventilada no governo, parece estar mais incerta. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, disse, em conversa com jornalistas após evento na terça-feira, 8, que a medida só deve ser adotada se for "imprescindível'.
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"Se não for imprescindível, nós vamos esperar o período chuvoso. Se após o período chuvoso, os reservatórios estiverem restabelecidos a altura, a gente entra no ano que vem com maior tranquilidade. Senão, a gente já entra no ano que vem com previsibilidade para o horário de verão”, declarou.
Segundo o jornal O Globo, o MME pediu ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) novas alternativas para compensar a economia trazida pelo horário de verão. Anteriormente, o órgão havia enviado à pasta um estudo que mostrava uma economia próxima a R$ 400 milhões com a adoção da medida.
O que teria gerado o desestímulo em voltar com o horário de verão seria a resistência de alguns setores econômicos. A indústria alega aumento de custos em outras áreas além da energia.
Além disso, o setor aéreo seria um dos mais afetado, já que a medida tem impacto na logística dos voos, principalmente os internacionais. Representantes de empresas aéreas divulgaram um comunicado pedindo que o governo avisasse com ao menos 180 dias a adoção do horário de verão.
Ainda de acordo com o jornal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve decidir nesta semana sobre o tema.