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Mourão diz que Petrobras já tomou outros tombos no passado

"Olha, nos últimos 26 anos a Petrobras tomou oito tombos. E volta. [...] Então, é isso que vai acontecer", disse o vice-presidente

23 fev 2021 - 13h44
(atualizado às 13h52)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, minimizou nesta terça-feira, 23, as quedas nas ações da Petrobras ante as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, e a indicação para a troca de comando da estatal. Mourão lembrou que a empresa já sofreu outros "tombos" no passado e se recuperou. Na segunda-feira, as ações da companhia (ON) caíram 20,48%.

"Olha, nos últimos 26 anos a Petrobras tomou oito tombos. E volta. Easy goes, easy comes (fácil vai, fácil vem). Então, é isso que vai acontecer", declarou Mourão para jornalistas na chegada à Vice-Presidência nesta terça.

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Mourão particpa de cerimônia em Brasília
 16/9/2020 REUTERS/Adriano Machado
Mourão particpa de cerimônia em Brasília 16/9/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Ele reiterou que é preciso esclarecer, contudo, que a troca na chefia da empresa não é o mesmo que alterar sua política de preços. "Basta ficar muito claro que a troca do presidente não significa troca, vamos dizer, na política de preços que é praticada", completou.

Na segunda, o vice-presidente já havia avaliado que a estatal não sairia "prejudicada demais" pelas baixas nas ações após as declarações de Bolsonaro.

Mourão chegou a dizer que o mercado era um "rebanho eletrônico" e defendeu que não houve interferência do governo. Na segunda-feira, ele afirmou que era uma prerrogativa do presidente indicar um novo nome para o comando da Petrobras, já que o mandato do atual chefe da empresa, Roberto Castello Banco, acaba em março.

Nesta terça-feira, o Conselho de Administração da Petrobras deve votar se aprova ou não a indicação do general Joaquim Silva e Luna, escolhido por Bolsonaro para substituir Castello Branco. O mandatário disse na segunda-feira que o atual presidente da companhia tinha "zero compromisso" com o País.

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As mudanças na Petrobras e as críticas a sua política de preços feitas por Bolsonaro ocorrem após quatro reajustes de preços neste ano. A categoria de caminhoneiros, uma das bases de apoio do presidente, pressiona o governo por conta da alta no custo do óleo diesel.

Em resposta, além da indicação para a troca na presidência da empresa, Bolsonaro também anunciou a isenção de impostos federais sobre o diesel por dois meses a partir de março.

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