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MPF pede suspensão de extração do gás de xisto no rio Paraná

A licitação foi realizada em 2013 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

20 dez 2014 - 15h08
<p>Leilão de gás natural e de xisto da ANP arrecadou R$ 165 milhões em 2013</p>
Leilão de gás natural e de xisto da ANP arrecadou R$ 165 milhões em 2013
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) de Presidente Prudente, cidade a 558 km de São Paulo, pediu a suspensão de licitação que liberou a exploração pela Petrobras e outras empresas de gás de xisto na bacia do rio Paraná, devido a impactos ambientais e prejuízos à atividade econômica regional.

A licitação foi realizada em 2013 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o MPF, a exploração do gás de xisto por meio da técnica chamada fraturamento hidráulico, que utiliza jatos de água para quebrar rochas sedimentares, pode gerar impactos ambientais.

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Cinco dos blocos licitados estão no oeste paulista, na região dos municípios de Presidente Prudente, Andradina e Tupã. Além da ANP, a Petrobras e as empresas Petra Energia e Bayar, que venceram a licitação, também são indiciadas na ação civil pública.

De acordo com o MPF, os produtos químicos utilizados na extração do gás de xisto levam à contaminação do solo, ar e água, além de induzir abalos sísmicos. A ação indica que as principais atividades econômicas da região, a agricultura e a pecuária, também seriam afetadas pelo consumo excessivo de água para exploração do xisto.

Contratos suspensos

O MPF ainda pede à Justiça Federal que os contratos de concessão para exploração do gás no oeste paulista sejam suspensos.

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A liminar requerida também pretende que a ANP seja proibida de promover novas licitações de blocos para extração do gás de xisto por fraturamento hidráulico na região enquanto não houver a realização de estudos técnicos científicos que demonstrem a viabilidade do uso dessa técnica em solo brasileiro.

A ação é de autoria do procurador da República Luís Roberto Gomes, e pede multa diária de 500 mil reais para cada pedido descumprido caso haja deferimento da Justiça.

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