Dados do IBGE mostram que o nível de ocupação das mulheres no Brasil alcançou 48,1% no segundo trimestre de 2024, o maior desde 2012. A participação feminina na ciência também aumentou significativamente, colocando o Brasil na terceira posição entre os países com maior presença de mulheres na ciência.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, no segundo trimestre de 2024, o nível de ocupação das mulheres alcançou 48,1%, o maior já registrado desde 2012. As mulheres também têm se destacado no ensino superior, representando a maioria dos estudantes universitários. Em 2022, elas correspondiam a 57,5% dos 5,1 milhões de alunos matriculados em universidades no Brasil, segundo o instituto. Esses números refletem como as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho, uma realidade que, há pouco tempo, parecia distante, mas que hoje se apresenta como um reflexo claro de transformação e progresso social.
Esse crescimento é evidente na área da ciência como um todo. De acordo com o relatório "Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil", lançado em março de 2024 pela Elsevier em parceria com a Agência Bori, a participação feminina na ciência brasileira aumentou significativamente nos últimos 20 anos. Em 2002, as mulheres representavam 38% dos autores de publicações científicas no país, percentual que subiu para 49% em 2022. Esse avanço coloca o Brasil na terceira posição entre os países com maior participação feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal, ambos com 52%.
O apoio das empresas é fundamental
O apoio das empresas à inserção das mulheres no mercado de trabalho tem sido cada vez mais relevante e necessário. Muitas organizações adotaram políticas de diversidade e inclusão, promovendo a igualdade de gênero por meio de programas de mentoria, treinamentos e políticas de remuneração equitativa. Essas iniciativas buscam garantir mais oportunidades para as mulheres, criando um ambiente de trabalho mais justo e igualitário.
Raquel Soriano, head de comunicação em cuidados com a saúde na Merck Brasil e embaixadora do programa WIL (Women in Leadership), compartilha como a empresa implementa essas frentes de ação. "Na Merck, as iniciativas incluem conversas, palestras e debates. Estabelecemos percentuais anuais para mulheres com planos de desenvolvimento formalizados", explica. Ela ainda reforça que alcançar a equidade de gênero é um imperativo econômico. "Temos inúmeros estudos que mostram como empresas com um quadro de funcionários mais diverso tendem a ser mais competitivas e mais rentáveis”.
Esse apoio também é crucial para criar um mercado de trabalho mais equitativo e aproveitar o potencial das mulheres. Um exemplo claro disso é Bianca Mittelstädt, fundadora e CEO da FGM Dental Group, que identificou o potencial de um clareador dental desenvolvido por seu esposo, Friedrich Mittelstädt, e levou o produto ao mercado com sua visão empreendedora. Em 1996, ela revolucionou o clareamento dental no Brasil. Sua trajetória demonstra o impacto das mulheres na ciência aplicada e no empreendedorismo, mostrando como pesquisa e visão comercial podem caminhar juntas e transformar a vida de milhões de pessoas.
Daniela Zylberkan, head de growth & marketing do iFood Benefícios, desde 2021, também é um exemplo de liderança feminina que impulsiona a transformação no mercado. Com uma trajetória marcada pela inovação e pelo olhar estratégico, ela tem desempenhado um papel fundamental na expansão e no fortalecimento da área de benefícios do iFood, contribuindo para a democratização do acesso à alimentação de qualidade no Brasil. Sua atuação reflete como mulheres em posições de liderança podem promover mudanças significativas, trazendo novas perspectivas e soluções para desafios do setor.
“No iFood Benefícios, prezamos por uma cultura de diversidade e vemos cada vez mais mulheres alcançando cargas importantes de liderança. Acreditamos que a equidade de gênero não é apenas uma questão de justiça, mas também um fator essencial para a inovação e o crescimento sustentável. Quando diferentes perspectivas são valorizadas, conseguimos criar soluções mais inclusivas e impactantes para a sociedade.”