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Na mira do corte de gastos de Lula, Marinha publica vídeo questionando os 'privilégios'

Peça publicitária mostra militares trabalhando e estudando enquanto outras pessoas aproveitam o lazer e a família

1 dez 2024 - 09h13
(atualizado às 16h30)

BRASÍLIA - A Marinha divulgou um vídeo questionando se há "privilégios" no órgão, após entrar na mira do pacote de corte de gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Prédio do Comando da Marinha e da Autoridade Marítima Brasileira
Prédio do Comando da Marinha e da Autoridade Marítima Brasileira
Foto: Divulgação/Marinha do Brasil / Estadão

O governo apresentou o pacote na última semana. Uma das propostas é estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria especial das Forças Armadas, além de acabar com outras regras classificadas pela equipe econômica como "privilégios".

Na peça publicitária, aparecem militares em treinamento, trabalhando em enchentes, estudando, mergulhando e encenando uma situação em que um navio afunda, enquanto outras pessoas fazem festa, aproveitam a praia, viajam e comemoram aniversário com a família.

O vídeo encerra com uma militar falando: "Privilégios? Vem para a Marinha!"

A peça foi produzida em alusão ao Dia do Marinheiro, que é comemorado no dia 13 de dezembro. Procurado, o órgão não se manifestou.

A cúpula da Marinha há havia divulgado um comunicado em que questiona a idade mínima para a reserva remunerada proposta pelo governo, conforme o Estadão revelou. O pacote prevê idade mínima de 55 anos. Atualmente, o critério é apenas pelo tempo de serviço, de 35 anos.

O governo anunciou o corte de gastos com quatro medidas que atingem os militares: a idade mínima; a extinção da transferência de pensão; a remuneração fixa de 3,5% para o Fundo de Saúde; e o fim da morte ficta (fictícia), que é a pensão para famílias de militares expulsos.

A proposta para as Forças Armadas foi enquadrada pela equipe econômica como um item de "equilíbrio fiscal e fim de iniquidades" na apresentação feita à imprensa.

O objetivo, de acordo com o governo Lula, é "corrigir distorções existentes em benefícios no poder público em relação ao resto da sociedade". A equipe do Poder Executivo calcula que será possível economizar R$ 1 bilhão por ano com as mudanças nas forças militares.

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