A nota de R$ 200 é, atualmente, a cédula com maior valor de face do Brasil. No entanto, não chega nem perto de disputar o posto quando comparado a todas as cédulas já lançadas pelo Banco Central.
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A cédula de maior valor de face brasileira foi a de Cr$ 500 mil, ou seja, meio milhão de cruzeiros, que circulou entre 1993 e 1994. Com valor exorbitante, o dinheiro não emplacou e foi utilizado como meio de troca somente por oito meses.
De janeiro a agosto de 1993, a moeda ainda circulava no País. A partir daquele mês, o Brasil adotou uma nova política monetária, e o nome da moeda mudou para "cruzeiros reais".
Com valor de face menor – 500 cruzeiros reais –, a cédula de Cr$ 500 mil circulou até 1º de julho de 1994, quando o Brasil adotou o real. Com a nova moeda, R$ 500 cruzeiros eram o equivalente a R$ 0,18 centavos.
"Cada família de cédulas e moedas, bem como seus valores de face, decorre do contexto histórico e econômico da ocasião do lançamento", diz o Banco Central.
Efígie de Mário de Andrade e homenagem a São Paulo
A cédula de Cr$ 500 mil cruzeiros homenageava o escritor Mário de Andrade com um desenho inspirado no autorretrato "Sombra Minha", que aparece com o último verso do poema "Eu sou trezentos?". O reverso mostrava o escritor ladeado por crianças, com um desenho do icônico edifício Martinelli, em São Paulo.
A nota de Cr$ 500 mil possuía cinco zeros. Antes dela, a única que tinha um zero a mais foi a cédula de 1 conto de réis (um milhão de réis). Ela não está registrada como a de maior valor de face porque não foi emitida pelo BC. As notas foram emitidas pela Caixa de Conversão, em 1907; pelo Tesouro Nacional, em 1921; pelo Banco do Brasil, em 1923; e pela Caixa de Estabilização, em 1926.
Moeda de maior valor facial
Se o menor valor de uma cédula no Brasil foi a de R$ 500 cruzeiros, o maior valor facial de uma moeda emitida no Brasil foi 20.000 réis (1724). Algumas moedas do Império e do começo da República também eram de 20 mil réis, mas sem valor numérico cunhado, pois a moeda valia seu peso em ouro.