Uma advogada de São Paulo enviou R$ 35 mil a um usuário que se apresentava como Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter). O golpista conversava em inglês com a mulher por meio da própria rede social e do Telegram. O caso foi divulgado pelo colunista Rogério Gentile, do portal Uol, e confirmado pelo Terra no portal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
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Segundo descreve Gentile, durante a troca de mensagens o golpista oferecia retornos para um investimento em criptomoedas, através de uma aplicação em bitcoin. A advogada teria acreditado, feito as transferências e só desconfiado da veracidade quando o perfil com quem conversava foi bloqueado no X.
O golpista ainda teria insistido, já que os dois também conversavam no Telegram. Ela chegou a pedir que fizessem uma chamada de vídeo, mas o suspeito negou.
No processo, que está em tramitação na 3ª Vara Cível de São Paulo, está descrito que os nomes dos perfis usados pelo golpista eram @elon_musk6748 no Telegram e @EMusk97623 no X.
Na decisão de 9 de agosto deste ano, a juíza Monica Di Stasi solicita aos réus X e Telegram que forneçam os registros de acesso vinculados às contas citadas acima. "Para a eventualidade do descumprimento da obrigação de fazer ora imposta, fixo a multa de R$ 500,00 por dia, limitada ao importe totalizado de R$ 50.000,00, sem prejuízo de outras providências que se fizerem necessárias", diz o texto.
Pelos registros do TJSP, a intimação foi enviada na semana do dia 22 de agosto. O X, no entanto, foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 30 do mesmo mês, por não estar cumprindo determinações judiciais e não apresentar um representante legal no Brasil.