Narrativas sobre fraudes com uso do Pix são fora da realidade, disse nesta quarta-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltando que o instrumento tem uma média menor de incidentes do que outros sistemas semelhantes no mundo e também do que outros mecanismos de pagamento no país.
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Em palestra no evento Blockchain Rio, Campos Neto disse que diante do forte crescimento de uso do Pix no país, o Banco Central se concentrou no aprimoramento de mecanismos de segurança.
"Como começou a crescer muito mais o número de operações do que imaginávamos, focamos mais nos itens de segurança. Aí às vezes vejo uma narrativa sobre segurança que é muito fora da realidade, uma narrativa de que o número de fraudes aumentou muito. Aumentou muito porque muitas coisas passaram a ser feitas por Pix, a conta não pode ser de número absoluto", afirmou.
Segundo ele, o índice de fraudes registradas no Pix é de 7 a cada 100.000 operações, número que chega a 30 para cada 100.000 em cartões de crédito. Na Inglaterra, o sistema de pagamentos instantâneos registra 100 incidentes a cada 100.000, disse.
O BC anunciou na segunda-feira ajustes na regulamentação do Pix para aperfeiçoar mecanismos de segurança, como a limitação do valor de transferência feitas por meio de dispositivos não cadastrados.
Na apresentação, o presidente do BC ainda minimizou vazamentos de dados de chaves Pix, argumentando que casos são raros e que dados expostos, como nomes completos, CPFs e e-mails, não são informações sensíveis.