Ele é um exemplo de afeto em um mundo de poucos sentimentos: o dos algoritmos. O economista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, Muhammad Yunus, que ficou famoso mundo afora por apostar na concessão de microcrédito e incentivar o empreendedorismo em Bangladesh, na Ásia, acredita que negócios sociais são, hoje, a maneira mais eficaz de se combater a pobreza mundial.
Afastado há mais de dois anos do Grameen Bank, conhecido como o banco dos pobres, Yunus se dedica a novas causas, como uma companhia que vende painéis de energia solar de baixo custo, uma escola de enfermagem e um hospital oftalmológico, além de levantar a bandeira do empreendedorismo social para combater a praga da pobreza. E é enfático ao sinalizar: “Dar dinheiro para os pobres não é uma solução para a miséria”, diz. “É uma forma de mascarar o problema.”
YSB – o empreendedorismo social
A Yunus Social Business foi co-fundado pelo Nobel da Paz Muhammad Yunus e pelas professoras Laureate, Saskia Bruysten, Sophie e Hans Eisenmann Reitz em 2011, na Alemanha, para concentrar fundos em prol do combate à pobreza. E hoje rende bons frutos.
O objetivo deste ‘negócio social’ é melhorar saúde, habitação e serviços financeiros para os pobres, oferecendo educação e nutrição para crianças desnutridas e água potável para todos, além de introduzir as energias renováveis, como a solar, para os pobres.
“A Yunus Social Business ajuda a criar negócios sociais ao redor do mundo. A YSB funciona como a própria empresa social através da criação de fundos de incubadoras e prestação de serviços de consultoria para empresas, governos, fundações e organizações não governamentais”, informa a instituição.