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Nestlé prevê vendas abaixo do esperado e diz que vai simplificar estrutura

17 out 2024 - 11h21

A Nestlé está reformulando a liderança sênior e sua estrutura operacional, informou a companhia nesta quinta-feira, ao reduzir perspectiva de vendas para o ano, após um crescimento mais fraco do que o esperado das vendas nos nove primeiros meses de 2024.

A empresa disse que agora espera que o crescimento das vendas orgânicas em 2024 seja de cerca de 2%, com uma margem de lucro operacional de cerca de 17%. Em julho, a Nestlé já havia reduzido previsão de crescimento de vendas para pelo menos 3% e observava um aumento moderado na margem de 17,3% de 2023.

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As vendas orgânicas dos nove primeiros meses de 2024, que excluem o impacto de movimentos cambiais e aquisições, aumentaram 2%, informou a Nestlé. Analistas esperavam, em média, um crescimento de 2,5%.

Nos últimos anos, o setor de alimentos embalados enfrentou aumento de custos, pois tudo, desde óleo de girassol e transporte até embalagens, grãos e energia, ficou mais caro durante a pandemia e após a invasão russa à Ucrânia.

Este ano, como a inflação tem desacelerado globalmente, muitos dos concorrentes da Nestlé reduziram aumentos de preços, na expectativa de atrair de volta consumidores que têm optado por produtos mais baratos.

O grupo suíço, no entanto, não diminuiu preços com a mesma velocidade e vem cortando orçamentos de marketing e inovação há anos, segundo analistas. Mark Schneider foi demitido do cargo de presidente-executivo em agosto, após vários trimestres de volumes de vendas fracos.

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O novo presidente-executivo, Laurent Freixe, disse que planeja reduzir o tamanho do conselho executivo da Nestlé, fundir as unidades da América Latina e da América do Norte e unir os negócios da Grande China e da Ásia, Oceania e África, entre outras mudanças.

A empresa embarcou em uma reestruturação pela última vez em janeiro de 2022, quando foi organizada em cinco regiões geográficas.

Os desafios de Freixe incluem ainda revitalizar a inovação e o marketing e reconquistar a confiança dos investidores nas principais marcas, que incluem Nescafé e Kit-Kat.

"A demanda do consumidor enfraqueceu nos últimos meses, e esperamos que o ambiente de demanda permaneça fraco", disse Freixe.

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