Nike prevê receita anual fraca com demanda morna por seus tênis

27 jun 2024 - 20h48

A Nike projetou nesta quinta-feira uma queda inesperada nas vendas para o ano fiscal de 2025, após vendas decepcionantes no quarto trimestre fiscal evidenciarem o enfraquecimento de sua participação de mercado e sua estratégia direta ao consumidor.

As ações da empresa caíam 12% nas negociações pós-mercado, após a Nike também prever declínio maior do que o esperado nas receitas do primeiro trimestre fiscal.

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Os esforços da empresa para impulsionar mais vendas por meio do seu canal direto ao consumidor não deram resultado, com clientes mais cautelosos em relação a gastos não essenciais.

A Nike espera um recuo de cerca de um dígito na receita anual, em comparação com as estimativas de um aumento de 0,91%.

"A desaceleração nas vendas totais e na Nike Direct é difícil de ignorar. Continuamos quebrando a cabeça para descobrir onde a Nike pode tirar seu próximo impulso de crescimento", disse Zachary Warring, analista de ações da CFRA Research.

A Nike também está perdendo terreno para os tênis Gazelle e Samba, de estilo retrô, da rival Adidas, que ajudaram a fabricante europeia de artigos esportivos a ver uma recuperação na demandasua ruptura com o rapper Ye.

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Embora a Nike tenha delineado um plano para simplificar o seu portfólio, analistas observaram que ainda vai demorar algum tempo até que a empresa de roupas esportivas consiga reanimar a demanda, uma vez que a inovação e o lançamento de novas linhas de produtos levam tempo.

A receita líquida da Nike caiu 1,71%, para 12,61 bilhões de dólares, em comparação com estimativa média de analistas de 12,84 bilhões de dólares, segundo dados da LSEG.

No entanto, o plano de redução de custos de 2 bilhões de dólares da empresa, que incluiu demissões em massa, ajudou a empresa a obter lucro ajustado de 1,01 dólar por ação, acima das estimativas de 0,83 dólar.

A Nike também tem enfrentado fraca demanda em mercados internacionais, como a China, onde o tráfego nas lojas físicas recuou dois dígitos em relação ao ano anterior, disseram os executivos.

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Os ventos contrários, incluindo a fraqueza nos negócios digitais, tráfego moderado nas lojas e promoções mais elevadas, devem ter um "impacto mais pronunciado" no ano fiscal de 2025, acrescentou o diretor financeiro da Nike, Matthew Friend.

A Nike prevê que a receita do primeiro trimestre fiscal recuará cerca de 10%, versus expectativas de queda de 3,16%.

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